Prefeitura monitora surtos de doença mão-pé-boca em escolas de educação infantil
A Equipe de Vigilância de Doenças TransmissÃveis (EVDT) da Secretaria Municipal de Saúde monitora surtos da sÃndrome mão-pé-boca em instituições de educação infantil de Porto Alegre. Até esta quinta-feira, 21, foram notificados três surtos, envolvendo 27 crianças. A doença é contagiosa e causada por vÃrus do sistema digestivo.
A dentista Evelise Tarouco, da EVDT, destaca que os sintomas mais marcantes são as lesões em mãos, pés e boca e os primeiros sinais costumam ser a dor de garganta e febre. "Em dois ou três dias surgem pequenas feridas avermelhadas nas mãos, pés e boca. Também pode ocorrer mal-estar e perda do apetite", frisa.
A infecção é mais comum em crianças de até cinco anos, embora também possa ocorrer em adultos. A transmissão ocorre através do contato direto entre as pessoas, contato com saliva, fezes e outras secreções, alimentos e objetos contaminados. As lesões de pele também transmitem a doença.
Não existe tratamento especÃfico ou vacina. Na maioria dos casos é uma doença branda e benigna, que desaparece espontaneamente após alguns dias sem causar complicações. Quando necessário, é recomendado uso de medicações para alivio dos sintomas como dor e febre.
Para evitar a contaminação é importante seguir essas recomendações:Â
- Manter uma boa higiene pessoal e do ambiente, lavando as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes de manusear alimentos.
- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.Â
- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos.
- Nas creches é preciso ter muito cuidado com a higiene das mãos na hora de trocar as fraldas para que os profissionais não transmitam o vÃrus de uma criança para outra.Â
- Afastar o doente do trabalho e escola até o desaparecimento dos sintomas.
- Lavar com água e sabão e desinfetar com solução de água sanitária diluÃda em água pura (uma colher de sopa de água sanitária diluÃda em quatro copos de água limpa) toda a superfÃcie de objetos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos doentes.
- Evitar, na medida do possÃvel, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar).
- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir.
- Trocar e lavar diariamente as roupas comuns e roupas de cama de doentes.
Lissandra Mendonça