Dmae resgata cágados de poço durante monitoramento ambiental

30/04/2021 10:16
DMAE / PMPA
ÁGUA E ESGOTOS
No verão, em épocas de pouca chuva, equipe costuma encontrar alguns animais da região caídos nos poços

Nove cágados foram resgatados de poço na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Lami durante visita para coleta de amostras no início de abril. O resgate foi realizado pela equipe de monitoramento ambiental da Gerência de Gestão Ambiental e Tratamento de Esgoto (Gate) do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Segundo uma das técnicas da equipe de monitoramento, Aline de Oliveira, no verão, principalmente em épocas de pouca chuva, eles costumam encontrar alguns animais da região caídos nos poços entre as lagoas de estabilização do tratamento de esgoto. “Os poços têm 1,7 metro de profundidade. Alguns animais caem ao caminhar pela estação e não conseguem subir novamente."

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Cágado e ratão do banhado estão entre as espécies mais resgatadas

Cágado e ratão do banhado estão entre as espécies mais resgatadas. São animais que vivem em áreas alagadiças e comuns nas estações que tratam o esgoto pelo sistema de lagoas de estabilização, localizadas na área rural de Porto Alegre. A coleta para monitoramento ambiental nessas ETEs mais afastadas ocorre de uma a duas vezes por mês, dependendo das solicitações das áreas técnicas, e a checagem nos poços já é uma prática na equipe. “Sempre verificamos nos poços se há algum animal preso. Quando estão mais cheios, içamos com balde. Quando estão secos, temos que descer pra tirá-los”, complementa Aline. Os poços controlam a vazão entre as lagoas.

ETE Lami - A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Lami, cujo processo de tratamento é o de lagoas de estabilização convencionais do tipo australiano, recebe esgotos das Vilas Jardim Floresta e Sapolândia e possui vazão nominal de 30 litros por segundo. Esse sistema de tratamento consiste na cooperação entre lagoa anaeróbica e lagoa facultativa. Na lagoa anaeróbica, todo o processo da digestão da matéria orgânica (realizada por diversos tipos de bactérias) ocorre em um ambiente sem oxigênio. A eficiência da remoção é da ordem de 60%, sendo necessária a continuação do tratamento na lagoa facultativa, em que o processo de purificação do esgoto ocorre por meio da fotossíntese, realizada por algas, e de trocas gasosas com a atmosfera. A ETE Belém Novo também realiza o tratamento com lagoas de estabilização.

  

 

Andrea Menezes

Andrea Brasil