Reconstrução do Dique do Sarandi recomeça com limpeza do terreno
A prefeitura retomou na manhã desta sexta-feira, 27, a reconstrução do Dique do Sarandi. Os trabalhos foram iniciados às 11h com a limpeza do terreno - incluindo a demolição das casas já desocupadas, feita pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi). A intervenção é liderada pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
“Após a liberação da Justiça, agimos para retomar imediatamente o trabalho que havia sido interrompido em janeiro. Esta obra é fundamental para a proteção contra cheias na Zona Norte, em especial na Vila Nova Brasília, corrigindo falhas importantes identificadas pela administração após a cheia de 2024”, afirma o diretor-executivo do Dmae, Vicente Perrone.
A segunda fase da obra acontece no trecho de 300 metros entre a Estação de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebap) 10 e o ponto onde houve rompimento durante a cheia histórica de 2024.
Próximos passos - O projeto geotécnico prevê a utilização de argila, em camadas, para a elevação da cota. Atualmente, ela varia entre 4 e 4,5 metros. Com a obra, passará a ser de 5,8 metros - equivalente à cheia recorde do Rio Gravataí, registrada no ano passado. Também serão feitos taludes, na proporção de um metro de altura para dois de largura.
Moradias - Os servidores do Departamento Municipal de Habitação (Demhab) iniciaram, em fevereiro deste ano, uma série de conversas com os moradores que vivem às margens do Dique Sarandi. De acordo com levantamento realizado pelas equipes, das 57 famílias que precisaram ser reassentadas em razão das obras de proteção contra as cheias, apenas sete ainda permanecem no território.
Dessas sete famílias, quatro já assinaram contrato com a Caixa Econômica Federal, sendo que uma delas está em processo de mudança. Outras duas famílias têm imóveis com financiamento por outro banco e estão em fase de assinatura com a Caixa. Já o imóvel da última família foi recusado por apresentar problemas estruturais.
Lissandra Mendonça