Coleta Seletiva completa 31 anos na Capital
A Coleta Seletiva realizada pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) completa 31 anos nesta quarta-feira, 7. Porto Alegre é considerada uma das capitais pioneiras no país a implantar o serviço de coleta de resíduos recicláveis.
Para marcar a data, a Equipe de Gestão e Educação Ambiental (Egea) do DMLU iniciará nesta semana a distribuição de folheto impresso nos bairros sobre a correta separação dos resíduos. "A coleta seletiva é um trabalho realizado de forma colaborativa. Começa em casa, quando cada um separa os materiais recicláveis e fica atento aos dias em que o caminhão irá passar. Ou ainda quando se respeita o uso correto dos contêineres, que servem apenas para resíduos orgânicos. Essas ações são fundamentais para que os materiais cheguem às Unidades de Triagem (UTs), de onde tantas pessoas tiram seu sustento, e não sejam um problema para o meio ambiente", destacou o secretário Municipal de Serviços Urbanos, Marcos Felipi Garcia.
Na capa do material, há espaço para os contribuintes marcarem os dias e horários da coleta seletiva e domiciliar em sua rua. O verso do panfleto tem informações sobre o descarte correto de diversos tipos de resíduos tais como eletrônicos, lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, remédios vencidos, óleo de fritura e resíduos especiais. “Neste aniversário da Coleta Seletiva, estamos reforçando a importância da correta separação dos resíduos à geração de emprego e renda para mais de 600 trabalhadores das Unidades de Triagem, além dos benefícios para a conservação do meio ambiente e a saúde pública”, destaca o diretor-geral do DMLU, Paulo Marques.
A cidade possui 16 UTs, abrigando cerca de 600 trabalhadores que dependem do serviço de Coleta Seletiva como fonte de renda. “Trabalhar em um galpão de reciclagem provoca mudanças, pois aqui conseguimos nos estabilizar e crescer como profissionais e pessoas. Além de reciclar os resíduos das famílias, reciclamos nossas próprias vidas. Todos deveriam conhecer uma UT para verificar o impacto na vida de várias pessoas que dependem dos resíduos para viver”, explica a coordenadora operacional da UT Vila Pinto, Sirlei Batista de Souza.
O que descartar na Coleta Seletiva (recicláveis) – Basicamente todos os materiais feitos de plástico, vidro, papel seco e metal são reaproveitados. Entre eles, embalagens longa vida, arame, baldes, brinquedos, caixas em geral, caixa de pizza sem gordura, canos e tubos metálicos e em PVC, cobre, copos descartáveis, garrafas pet, latas de alumínio, raio-x, isopor, plástico filme, bisnagas plásticas de alimentos e clipes.
Histórico - Desde 7 de julho de 1990, quando começou como projeto-piloto se tornou referência na América Latina. O serviço foi ampliado em setembro de 2015, passando a atender três vezes por semana na maioria dos bairros beneficiados pela Coleta Automatizada. No restante da cidade, o caminhão realiza a coleta duas vezes por semana. Os roteiros foram reprogramados para não coincidirem com os horários da Coleta Domiciliar e são feitos nos turnos do dia ou da noite, atendendo 100% da cidade. A consulta, atualmente, é por endereço completo, não por bairro. Para verificar os dias e horários, acesse aqui.
O DMLU também oferece locais para que os cidadãos possam descartar seus resíduos recicláveis sem ter que esperar pela Coleta Seletiva. São os Postos de Entrega Voluntária de Resíduos Recicláveis (PEV). Para saber qual o PEV mais próximo de sua casa, clique aqui.
Benefícios - Além dos benefícios sociais, a entrega dos resíduos recicláveis à Coleta Seletiva traz vantagens ambientais e econômicas. Diariamente, o DMLU recolhe nas residências cerca de 1,126 mil tonelada de resíduos. Desse total, 51 toneladas são de recicláveis recolhidos pela Coleta Seletiva. O restante é composto por resíduos orgânicos e rejeito da Coleta Domiciliar. Soma-se aos orgânicos e rejeito os resíduos públicos e as cargas recebidas na Estação de Transbordo, em que se chega a um total de 1.640 tonelada/dia de material enviado para o aterro sanitário.
Estima-se que 252 toneladas/dia (cerca de 23%) com potencial reciclável são descartadas, indevidamente, junto com os orgânicos e rejeito e, com isso, acabam sendo enviadas para o aterro sanitário de Minas do Leão (RS). O custo total para enviar esses resíduos com potencial de reciclagem para o aterro é de, aproximadamente, R$ 736 mil por mês, o que equivale a R$ 8,8 milhões por ano, valor que poderia ser investido em outras melhorias para a cidade se a maioria da população separasse os recicláveis e os encaminhassem à Coleta Seletiva do DMLU.
O DMLU integra a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb).
Andrea Brasil