EPTC/PMPA

A Coordenação de Educação para Mobilidade (CEM), da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), promoveu uma palestra sobre segurança do público idoso no trânsito para o Grupo Vida Plena, da Legião da Boa Vontade (LBV) na tarde dessa quarta-feira, 11. O evento faz parte do programa Pedestre Idoso, desenvolvido pela CEM, com o o intuito de promover ações que colaborem com a redução do número de mortes no trânsito envolvendo a terceira idade.

O agente de fiscalização de trânsito da CEM, Eduardo de Souza, ministrou a palestra para o grupo, que contou com a presença de mais de 20 participantes. Segundo Souza, a ação visa a promover orientações de autocuidado no trânsito, já que os idosos são as pessoas mais vulneráveis quando se trata desta questão. “O grupo foi participativo, e nós buscamos fortalecer a segurança do idoso no trânsito. A nossa realidade está mudando, o público idoso não é mais aquele que fica em casa. Ele está nas ruas, trabalhando, estudando, Está pela cidade. Nós temos cada vez pessoas dessa idade no Brasil, e perceber esta mudança é importante para que, como sociedade, possamos nos preparar para recebê-los”, pontua. De acordo com dados divulgados pela Coordenação de Indicadores de Tráfego (Ciet) na última segunda-feira, 9, das 53 mortes ocorridas no trânsito até este momento em 2019, 23 são de pedestres, sendo 15 delas pessoas idosas. 

De acordo com Eduardo de Souza, a iniciativa Pedestre Idoso tem origem no programa Vida no Trânsito, que surgiu em pacto firmado com a ONU no início da década e visa a reduzir pela metade o número de mortes e lesões graves no trânsito em dez anos. O programa é capitaneado pelo Ministério da Saúde e se ocupa de qualificar as informações inerentes aos acidentes de trânsito no Brasil. Em Porto Alegre, toda semana a EPTC se reúne com outros diversos órgãos para analisar minuciosamente os acidentes ocorridos na Capital, buscando os principais fatores contributivos e os perfis das pessoas envolvidas. "Com este diagnóstico, percebemos que, em Porto Alegre, o perfil idoso é muito recorrente nos acidentes. A partir disso, as equipes da educação, fiscalização e engenharia da EPTC desenvolvem ações e busca atingir a meta do Vida no Trânsito, tentando reduzir o número de idosos vítimas de acidentes no trânsito, sobretudo atropelamentos”, explica.

A dona de casa Teresa da Rosa Gomes, de 71 anos, participa do grupo e afirma que a palestra a motivou a tomar hábitos melhores como pedestre no trânsito da Capital. “Foi muito bom. Sabendo dessas coisas que estão acontecendo, os acidentes, nós aprendemos e colocaremos na cabeça que precisamos nos cuidar mais”, diz Teresa.

Maria Elisabete Silva da Silva, de 62 anos e também integrante do Vida Plena, conta que essa relação com a EPTC é um esclarecimento: “Eu era apressadinha, atravessava correndo, mas agora não dá mais, o corpo já não ajuda, a gente não tem a mesma destreza de antes. Nós já estamos com uma certa idade, então é bom ficarmos esclarecidas dos nossos direitos e dos nossos deveres no trânsito também. ” Além disso, Maria afirma que leva para fora todo o aprendizado adquirido na palestra. “Vou multiplicar para os parentes, vizinhos e amigos, para aprendermos a nos cuidar mais”, ressalta.