Claudio Furtado/EPTC PMPA
EPTC mostra ações pelo trânsito seguro a entidade de Moçambique
Segundo Juranês Castro, da Coordenação de Educação para a Mobilidade (CEM), a EPTC, além da fiscalização nas ruas, desenvolve atividades permanentes de educação para o trânsito junto às escolas. "A partir da conscientização, as crianças se transformam em multiplicadores pelo trânsito seguro", explica.
A ACSM é uma entidade sem fins lucrativos que promove a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes em Moçambique, com ações de mobilização, políticas públicas e de comunicação com as comunidades. Mabjeca demonstrou preocupação com a segurança das crianças no trânsito daquele país. “Temos uma população de 27 milhões de pessoas. O país progride, com a criação também de muitas estradas para atender interesses das comunidades mais distantes das cidades. Só que as crianças e jovens estão muito desprotegidas em seus deslocamentos para as escolas, com o registro de diversos casos de atropelamentos, pelo menos um por dia, muitos graves. Falta uma conscientização mais efetiva da população na missão por uma circulação com menos riscos e conflitos, na formação de uma cultura de respeito, com a pessoa sempre em primeiro lugar, e não o automóvel. É um esforço que a nossa entidade tem procurado fazer, com apoio do poder público, e de outros parceiros”, conta.
O educador africano afirma que tem acompanhado o trabalho pelo trânsito seguro realizado em Porto Alegre e pretende desenvolver atividades em seu país com base no modelo porto-alegrense: “Tenho contatos permanentes com representantes da EPTC, e acompanhado à distância as atividades realizadas. Os resultados pela redução da acidentalidade são extremamente positivos, através de uma fiscalização contínua, qualificada, e também por ações permanentes de educação. O modelo do Balada Segura, por exemplo, realizado pela EPTC em conjunto com o Detran na Capital, pode certamente ser implantado em nosso país. É o nosso desejo, fortalecido a partir da nossa vinda à cidade”, destaca.
Nelson Mabjeca foi recebido pelo secretário extraordinário da Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello, pelo diretor presidente da EPTC, Fábio Berwanger Juliano, além de outros dirigentes da empresa gestora da mobilidade na Capital.
Nelson Mabjeca foi recebido pelo secretário extraordinário da Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello, pelo diretor presidente da EPTC, Fábio Berwanger Juliano, além de outros dirigentes da empresa gestora da mobilidade na Capital.
Dados – Em 1998, ano de criação da EPTC, o número de vítimas fatais no trânsito de Porto Alegre era de 199 pessoas. No ano passado, 20 anos depois, mesmo com aumento da frota e da população, reduziu para 75 casos fatais. Segundo a ONU, em 2018, a capital gaúcha deveria registrar até 91 vítimas fatais em acidentes. Até 2020, o limite máximo estipulado pela organização é de 76 mortes. No primeiro semestre de 2019, Porto Alegre registrou 40 mortes.
Claudio Furtado
Taís Dimer Dihl