Gustavo Roth/EPTC PMPA
Evento da EPTC orienta idosos sobre segurança no trânsito
Com o tema Envelhecimento com qualidade de vida, um caminho para a mobilidade, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) promoveu, na manhã desta sexta-feira, 26, na sede da companhia, um encontro para orientação sobre segurança no trânsito. Participaram cerca de 40 pessoas, muitas delas idosas. Foram responsáveis pelas palestras o médico geriatra Newton Luiz Terra, diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, e Luciana Pereira, agente da Coordenação de Educação para a Mobilidade (CEM) da EPTC. A iniciativa faz parte do Projeto Pedestre Idoso, inserido no Programa Vida no Trânsito - uma parceria entre EPTC, Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e o Detran.
Em sua explanação aos idosos, Terra falou sobre questões da biologia do envelhecimento, com naturais alterações psicológicas e fisiológicas, que podem interferir na mobilidade. “O processo de envelhecimento é irreversível, progressivo e afeta a todos nós. A partir dos 27, 30 anos, começam a se acentuar as perdas de visão, audição, massa muscular e equilíbrio, entre outras situações que nos tornam mais vulneráveis, até com riscos evidentes na mobilidade no trânsito e possibilidades de atropelamentos. O ideal é envelhecer funcionalmente bem, cognitivamente melhor. Cuidados com o físico e com a saúde em geral são importantes na prevenção à acidentalidade”, explicou o médico.
Luciana Pereira, da CEM, reforçou a importância do autocuidado no trânsito. “Os idosos, com a perda natural dos reflexos, devem redobrar seus cuidados na mobilidade. Algumas dicas importantes: nas travessias, esperar sempre pelo sinal verde; atravessar em linha reta; esperar o ônibus parar completamente para embarcar, sem a necessidade de correr; segurar-se firme no interior dos coletivos para evitar quedas; não andar nas calçadas próximo ao meio-fio, entre outras atitudes preventivas”.
Atentos na plateia, Oscar e Norma Albo Hess afirmaram que são bastante ativos na mobilidade da cidade. “Claro que devemos ter cuidados no trânsito, redobrar a atenção. Mas não podemos nos isolar. É importante, e saudável, desenvolver atividades”, afirma Norma, 81 anos. “Nunca deixei de dirigir. Mas sempre tomo certas precauções para prevenir acidentes. Uma delas é não dirigir durante a noite”, relata Oscar, 89 anos.
Dados - No primeiro semestre deste ano, das 40 mortes no trânsito, 17 envolveram pedestres por atropelamentos, sendo 12 idosos. Os dados da Coordenação de Indicadores e Engenharia de Tráfego (CIET) apontam que pedestres e motociclistas representam 85% das vítimas fatais na circulação da Capital.
Claudio Furtado
Taís Dimer Dihl