Rodger Timm / PMPA

O diálogo com a população é a ferramenta mais eficiente para alcançar a transformação das cidades, onde a desigualdade social deve ser enfrentada de forma contínua e sempre. A afirmação é do antropólogo e professor universitário Oscar Santiago Uribe, diretor do Escritório de Resiliência de Medellin, Colômbia, em palestra realizada nesta terça-feira, 15, para gestores da Prefeitura de Porto Alegre.

Santiago Uribe falou sobre o longo processo de mudanças (por 20 anos) que fez Medellin, conhecida como uma das cidades mais perigosas do mundo nas décadas de 1980 e 1990, a se tornar uma das mais criativas e inovadoras do planeta. No ano de 1991, a cidade colombiana, dominada pela violência, registrava 6.349 homicídios por ano. Em 2018, esse número caiu para 623 e, no ano passado, para 319. A transformação ocorreu, segundo Uribe, depois de um minucioso trabalho baseado na busca de dados, ampla participação popular e inovação, que envolveu vários segmentos: governos, empresários, sociedade civil, igrejas, entre outros.

Do passado problemático ao futuro brilhante, Medellin é uma experiência que traz importantes ensinamentos, afirma o secretário municipal de Inovação, Luiz Carlos Pinto da Silva. “Esta troca de informações entre gestores da prefeitura com um dos atores principais da transformação social de Medellin é valiosa. As nossas cidades têm muitas similaridades por terem utilizado a inovação como ferramenta de transformação social nos seus ecossistemas”, afirma.

Participaram também da atividade o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, André Machado, assim como a secretária-adjunta, Simone Somensi; o presidente da Fasc, Tiago Simon; a presidente Procempa, Letícia Batistella; o Procurador-geral adjunto de Domínio Público, Urbanismo e Meio Ambiente, Nelson Marisco; e o secretário-adjunto de Educação, Mário de Lima, e gestores municipais.