Artigo: Um dia que fica na história de Porto Alegre
Uma cidade que pretende um futuro glorioso deve honrar sua história e respeitar os legados construÃdos. Na véspera do aniversário de 250 anos da capital de todos os gaúchos e da entrega oficial para a Cultura transformá-lo no Museu de Arte de Porto Alegre, o Paço Municipal recebeu um encontro simbólico de sete dos nove ex-prefeitos vivos: Guilherme Socias Villela, João Dib, OlÃvio Dutra, Raul Pont, José Fogaça, José Fortunati e Nelson Marchezan Júnior. O grande Alceu Collares foi representado por dona Neuza Canabarro, impossibilitado por razões de saúde.
Cada um dos gestores recebeu placa com o seguinte dizer: "Homenagem da cidade e dos porto-alegrenses aos prefeitos municipais que deixaram sua marca na história dos 250 anos da capital gaúcha, contribuindo para a construção de uma Porto Alegre plural e acolhedora". Um gesto singelo, em uma solenidade proposta pela gestão com todo o respeito, a fim de agradecer o empenho de cada um, que deu o seu melhor para chegarmos na Porto Alegre de hoje.
Quando digo que esse 25 de março também é um momento histórico, quero reforçar que essas presenças, representando o reconhecimento a todos os 44 prefeitos que teve a Capital, demonstraram a grandeza daqueles que fizeram aqui sua trajetória. Nenhuma cidade vence pela obra de um só gestor. E o maior sÃmbolo dessa realidade que acertadamente rompeu barreiras entre governos chama-se orla do GuaÃba. A transformação de autoestima que Porto Alegre vive hoje deve-se muito a ter deixado de dar as costas para o rio. Uma proposta nascida com Fogaça, que virou realidade com Fortunati, foi entregue e continuada por Marchezan e, agora, com o trecho 3 concluÃdo pela nossa administração, que trabalha também pelo trecho 2.
Estamos falando de ocupação qualificada de espaço público, prática de esportes, lazer, geração de emprego e renda com os negócios e serviços e referência para o desenvolvimento do turismo. Por todos esses ganhos de qualidade de vida que talvez ainda hoje nem tenhamos condições de mensurar na Ãntegra, tenho a convicção que os futuros eleitos para liderarem as polÃticas públicas da cidade terão a sabedoria de construir conexões para todos os 72 quilômetros de extensão de orla que temos.
Assim, celebremos a maturidade polÃtica da nossa cidade e nosso potencial de soma de esforços para transformar realidades. As amarras da máquina pública não permitem construir soluções mágicas em quatro anos. Quem quer realizar, precisa da consciência da continuidade. A cidade precisa da consciência da continuidade pelo bem do cidadão. Parabéns à cidade da nossa vida e parabéns a todos os prefeitos que dedicaram o seu tempo a fazer a Porto Alegre dos 250 anos!
Sebastião Melo
Prefeito de Porto Alegre
* Artigo originalmente publicado no Jornal do Comércio de 28 de março de 2022.
Â
Â
Fabiana Kloeckner