Prefeitura requisita ônibus, vans e lotações para garantir serviço prestado pela Carris
O prefeito Sebastião Melo requisitou bens, serviços e empregados de empresas de transporte coletivo, escolar e de lotações para evitar a descontinuidade do serviço na Capital. A medida foi necessária devido à paralisação parcial dos trabalhadores da Carris, deflagrada nesta segunda-feira, 23, e comunicada em reunião com representantes dos rodoviários também nesta tarde. O Decreto nº 21.139/2021 foi publicado em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa).
“A greve ocorre em um período de retomada das atividades econômicas no Município e afeta diretamente a regularidade e segurança do serviço, justamente quando é necessário evitar aglomerações dentro dos veículos. É um movimento inoportuno e injusto com o cidadão porto-alegrense. Estamos buscando alternativas para não penalizar o trabalhador” - Prefeito Sebastião Melo.
Os bens, serviços e pessoal requisitados administrativamente serão especificados pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), podendo ser prestados em todas as regiões da cidade. As empresas que já compõem o sistema serão indenizadas por quilômetro rodado. Já os transportadores por lotação e escolares serão remunerados diretamente pelos passageiros transportados, que pagarão a tarifa de R$4,80.
Diálogo - Durante a tarde, Melo recebeu no Paço Municipal, as lideranças do Movimento Carris Pública para debater a paralisação parcial ao longo do dia. A agenda foi aberta excepcionalmente para ouvir a demanda dos rodoviários. Além de integrantes do governo, vereadores também participaram da reunião. Desde as primeiras horas do dia, uma força-tarefa foi montada pela prefeitura para suprir as linhas que foram afetadas. Para detalhar os projetos de remodelação do sistema, um novo encontro com representantes dos rodoviários será realizado às 10h desta quinta-feira, 26, no auditório da EPTC.
Melo reiterou que a administração municipal está aberta para dialogar a fim de manter o funcionamento pleno do transporte público para população. “Nosso governo tem como premissa básica manter o diálogo e a transparência. O atual modelo faliu e acabou sendo escancarado na pandemia”, afirmou.
Também participaram da reunião o presidente da Carris, Mauricio Cunha, além dos secretários de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Zachia, Segurança, Mário Ikeda, diretor-presidente da EPTC, Paulo Ramires, comandante da Guarda Municipal, Marcelo Nascimento, procurador-geral do Município, Roberto Rocha, e a procuradora Rafaela Peixoto.
Balanço - A prefeitura trabalhou desde as primeiras horas do dia para minimizar o impacto da paralisação da Carris. A principal medida foi remanejar veículos para atender as linhas da companhia, em uma ação coordenada pela EPTC. No turno da manhã, foram utilizados 59 veículos da própria Carris e mais 26 de apoio dos demais consórcios da Capital, totalizando 85.
Durante a tarde, foram 65 da Carris e 26 dos consórcios, resultando em 91 ônibus. Em dias normais, a média de veículos circulando no pico da manhã é de 110 veículos e no da tarde o número aumenta para 150. As linhas de lotação foram liberadas a circularem com passageiros em pé no interior dos veículos. Mais informações sobre a situação do transporte coletivo, atualizadas em tempo real, pelo twitter @EPTC_POA.
Fabiana Kloeckner