Secretários pleiteiam liberação de recursos para a Ponta do Arado
Os secretários municipais de Planejamento e Gestão, Juliana Castro, e Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Luciano Marcantônio, e o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Darcy Nunes dos Santos, reuniram-se nesta quinta-feira, 7, em Brasília, com o chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Saneamento, Geraldo Melo Correa, do Ministério do Desenvolvimento Regional, para agilizar o financiamento que vai permitir a construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) no Extremo Sul de Porto Alegre e apresentar um diagnóstico do abastecimento na Capital. A sinalização é de que a análise do projeto tenha seguimento nas próximas semanas.
Aprovado em outubro de 2018 pela Caixa, o financiamento para a construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) Ponta do Arado é considerado fundamental para o abastecimento no Extremo Sul e na região Leste de Porto Alegre. Os investimentos, da ordem de R$ 232 milhões, fazem parte do Programa Avançar Cidades – Saneamento, e são pleiteados desde 2017. O município aguarda habilitação para contrair o empréstimo e aval por parte da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Economia.
As obras terão duração prevista de três anos e vão permitir dobrar a capacidade de abastecimento – passando dos atuais mil litros/ segundo para 2 mil litros/ segundo. Com isso será possível atender a uma população de aproximadamente 250 mil pessoas – e com potencial para mais de 320 mil. Conforme Juliana, além de gerar cerca de 2,5 mil empregos durante a construção, o investimento vai melhorar a vida de milhares de famílias. De acordo com Nunes, a construção da ETA vai permitir, ainda, que novos empreendimentos e projetos da área habitacional sejam executados, gerando mais empregos e renda em Porto Alegre.
A capacidade da Estação de Tratamento de Água de Belém Novo não é mais suficiente para atender ao acréscimo da demanda prevista. Por isso, diversas alternativas foram estudadas. Em 2012 foi identificada que a expansão populacional da região exigiria aumento de infraestrutura. No ano seguinte, foi definido que era necessário uma nova estação de tratamento com o dobro da capacidade. O projeto de engenharia foi orçado em R$ 2,5 milhões e finalizado em 2014, com audiência pública na Câmara de Vereadores. Somente em agosto de 2017, o projeto foi cadastrado no Ministério das Cidades. Para reduzir as dificuldades, o governo vem executando uma série de obras que atendem às regiões do Extremo Sul e Leste.
A audiência foi acompanhada por representantes do gabinete do deputado federal Pedro Westphalen e do senador Luís Carlos Heinze.
Denise Righi