Programa de Residência Técnico Superior tem mudanças aprovadas e dobra o número de vagas
O Programa de Residência Técnico Superior da Prefeitura de Porto Alegre teve alterações definidas na lei n° 12.662, de 21 de janeiro de 2020, que instituiu o projeto. As mudanças aprovadas pela Câmara Municipal de Porto Alegre na semana passada aumentam o número de bolsas de 60 para 120 e adicionam quatro novas áreas de atuação: arquivologia, estatística, sociologia e tecnologia da informação. Estas se juntam à administração, arquitetura, contabilidade, biologia, economia e engenharia, que já faziam parte do programa desde seu início.
Visando estimular a qualificação e a experiência no setor público, o programa iniciou-se no dia 13 de dezembro, quando foi assinado o termo de compromisso pelos preceptores e residentes com a presença do secretário da Administração e Patrimônio (SMAP) André Barbosa. Na ocasião, ele explicou que a ideia é trazer novos conhecimentos para o executivo municipal. “É uma iniciativa que moderniza a gestão e está sendo implantada em outros lugares, como na cidade de São Paulo, por exemplo. Estamos estimulando profissionais a atuarem na Administração Pública, auxiliando no aprimoramento do conhecimento recebido na graduação. É também uma forma de descobrirmos novos talentos”.
Carlos Alberto Hoffmann, administrador, atualmente na Secretaria Municipal da Saúde, é um dos preceptores e afirmou que as mudanças no programa são importantes para uma melhor orientação dos residentes. “Como esta é uma iniciativa pioneira em nível nacional, ela carece de melhorias constantes. Entendo que este trabalho é muito adequado para o cenário atual e uma experiência positiva para a cultura da prefeitura, para contar com mentes novas e com quem tem capacidade de inovar”.
Mas não são só os órgãos públicos que se beneficiam com esta iniciativa. A residente Marina Bouzas conta que fez a prova on-line do programa para testar suas habilidades de arquitetura, mas quando soube que passou decidiu sair de Minas Gerais e aproveitar a oportunidade de aprender sobre o serviço público e mais sobre a sua área. “Antes eu trabalhava no setor privado e queria muito testar as outras possibilidades da arquitetura e a residência me permitiu isso. Eu acredito que essa experiência vai ser ótima para o meu futuro, porque em pouco tempo já decidi meus próximos passos e com certeza quero continuar no serviço público”.
Marina conta que antes de participar do programa era hesitante ao tentar um cargo público, mas a experiência como residente, até então, a ajudou a decidir que caminho trilhar. “Antes de conhecer a máquina pública eu ainda tinha dúvidas sobre seguir carreira no setor privado ou tentar entrar no serviço público, porém agora já tenho certeza”.
O programa abrange 18 órgãos (Demhab, Dmae, DMLU, Fasc, GP, PGM, Previmpa, Smamus, Smap, SMC, Smed, SMF, Smmu, Smoi, SMPAE, SMS, SMSURB e SMTC) e é realizado pela Escola de Gestão Pública, que faz a regulamentação, distribuindo as bolsas, certificados, entre outras tarefas. Os residentes cumprem 30 horas semanais dedicadas às atividades, durante até 12 meses, período que pode ser prorrogável uma vez. O programa fornece bolsa-auxílio de R$ 2.500.
Gilmar Martins