Espetáculos do Nordeste em destaque no Porto Alegre Em Cena
Representando as artes cênicas do Nordeste brasileiro, a programação do 25º Porto Alegre Em Cena destaca nesta sexta-feira, 21, a última apresentação da peça Pontilhados, vinda de Pernambuco, e a estreia de Nossos Mortos do estado do Ceará. Veja aqui as informações sobre ingressos
Pontilhados (PE) - Entrada Franca
16h - Saída da Igreja das Dores (rua dos Andradas)
O espetáculo, fruto de um trabalho afetivo e com narrativa singular, parte da ideia de explorar as cidades brasileiras onde localizam-se pontos turísticos, pessoas, monumentos e histórias, numa caminhada em que as memórias individuais afloram, tendo como cenário os ambientes que podem ser vistos, revistos e contextualizados. Pontilhados é um percurso realizado a pé, misturando passado e presente, numa espécie de convite ao qual o público que entrelaça sua vida aos espaços, dando visibilidade aos invisíveis e trazendo à tona assuntos variados através de narrativas transgressoras, de amor, de ocupação da cidade de concreto por uma cidade viva. Por entre as frestas do tempo, as personagens ganham vida e suas narrativas constituem a intervenção humana no ambiente urbano. O grupo traz o projeto a Porto Alegre, realizando uma residência prévia para investigar a cidade e suas possibilidades e, então, apresentar um espetáculo totalmente baseado em nossa realidade urbana, ampliando a ideia inicial e oportunizando um intercâmbio artístico enriquecedor, tendo como mote a metodologia de pesquisa e criação do espetáculo.
Nossos Mortos (CE)
19h, Sala Álvaro Moreyra - Ingressos: R$ 80 com meia-entrada de R$ 40
A peça traz a voz de Antígona – tragédia de Sófocles – articulada e somada às inúmeras histórias reais dos massacres a movimentos populares, especialmente o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, em Crato, no Ceará, abordando duplamente o massacre real e o mito grego, em uma operação interessada em desenterrar uma das inúmeras histórias brasileiras que ainda precisam ser esclarecidas e contadas. O espetáculo, através de intensa criação musical e pesquisa vocal, cria ambiências sonoras e visuais para dar corpo ao luto interminável dos que ainda hoje não tiveram as mortes de seus parentes devidamente apuradas. O grupo Teatro Máquina, desde 2003 em atividade em Fortaleza, é reconhecido por sua pesquisa investigativa acerca da linguagem cênica, em que a base de suas criações é orientada pelo entendimento do teatro como lugar de encontro e invenção de realidades, transformando seus espetáculos em veículos de compartilhamento, difusão e agitação cultural.
Programação de sexta-feira, 21
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15h e às 21h, em locais a ser anunciados
O coletivo alemão Rimini Protokoll é reconhecido por explorar as possibilidades entre realidade e ficção, em projetos interativos com situações concretas em lugares específicos. A versão trazida para o Em Cena aborda questões da república brasileira, propondo reflexões acerca de identidade cultural, valores e fronteiras. O projeto é realizado em dez casas selecionadas, com público limitado em cada sessão.
Pontilhados – Intervenções humanas em ambientes urbanos (PE)
16h, Igreja das Dores
Terceiro espetáculo do Grupo Experimental – que comemora 25 anos em 2018 – na programação do Em Cena, Pontilhados será apresentado nas ruas do Centro Histórico, explorando pontos turísticos, monumentos e as próprias histórias das pessoas. A performance será apresentada depois de um trabalho prévio de residência do grupo em Porto Alegre, oportunizando um intercâmbio artístico com a cidade e sua gente.
Nossos Mortos (CE)
19h, na Sala Álvaro Moreyra
A peça traz a voz de Antígona – da tragédia de Sófocles – articulada e somada às inúmeras histórias reais dos massacres a movimentos populares, especialmente no interior do Ceará, abordando duplamente o massacre real e o mito grego. O espetáculo do grupo Teatro Máquina explora ambiências sonoras e visuais para dar corpo ao luto interminável dos que ainda hoje não tiveram esclarecidas as mortes de seus parentes.
Vincent
19h, no Teatro do Sesc
O universo do artista holandês Vincent Van Gogh (1853-1890) é o ponto de partida para o espetáculo de dança performativa, no qual cada intérprete cria seus próprios movimentos. A montagem da Cubo1 Cia de Arte valoriza as particularidades na construção de uma linguagem autêntica, a qual traz em seu cerne o gesto, a simplicidade, as qualidades de movimento e suas expansões e dobras.
A Fome
20h, no Instituto Ling
Entre revelações de mentiras passadas e a exposição de uma fome voraz e sexual pela vida, uma personagem analisa as circunstâncias míticas e críticas sobre o ser mulher, o amor e as relações afetivas. O monólogo da Cia. Espaço em Branco busca um tom confidencial entre artista e espectador, com direção de João de Ricardo e atuação de Sissi Venturin.
Chapeuzinho Vermelho
21h, no Teatro Renascença
Em uma mescla de teatro, dança e música, o espetáculo dirigido por Camila Bauer relê o conto clássico e propõe uma espécie de “iniciação ao medo”, em que a criança se depara com os riscos e o fascínio pelo desconhecido. O texto é de Joël Pommerat, um dos mais importantes dramaturgos franceses da contemporaneidade, reconhecido por suas narrativas líricas e instigantes para públicos adultos e infantis.
Ponto de encontro
23h59 - Cósmica
Saguão do Centro Municipal de Cultura
Entrada franca
Denise Righi