Praiana exalta a contribuição da etnia Banto na arte e na cultura
Uma garoa persistente acompanhou o desfile da Academia de Samba Praiana, terceira escola a desfilar na noite de sexta-feira, 3. A Praiana trouxe o enredo NKISI e a Herança Ancestral da Civilização Banto. A escola das cores verde e rosa, uma das agremiações mais antigas da Capital, retoma a temática africana que não fazia parte dos seus desfiles desde a década de 1960.
Segundo pesquisa divulgada pela Fundação Palmares, 75% dos negros raptados da África e forçadamente trazidos ao Brasil para serem escravizados vieram da África-central, mais precisamente da etnia Banto (originalmente grafada como Bantu), formados principalmente pelos povos do Congo, Benguela, Cabinda e Angola.
Apesar das diferenças étnicas, muito de sua cultura original preserva-se até os dias de hoje. Com 12 alas e três carros alegóricos, o desfile foi dividido em quatro setores. O primeiro tratou do convite de Nkasuté-lembá e a criação dos Nkisi’s. No segundo setor, o tema foi a influência Bantu na culinária e na língua portuguesa. O legado Bantu nas festas típicas e na arte esteve no terceiro setor do desfile. O quarto setor abordou a referência Bantu e a influência africana na música brasileira.
Acesse aqui as imagens dos desfiles.
Ficha técnica
Cores - verde e rosa
Símbolo - coroa real sobre a letra ‘P’ entre dois cavalo-marinhos
Presidente - Jacira Costa
Diretor de bateria - Kelvin Mendonça
Carnavalesco - Luciano Silva da Rosa
Enredo - NKISI e a Herança Ancestral da Civilização Banto - Autor do enredo: Éder de Barros
Compositores - Vinicius Brito, Rafael Tubino e Vinícius Maroni
Intérprete - Rycardynho
Lissandra Mendonça