Pesquisa mapeia necessidades de qualificação na economia criativa

19/04/2024 09:06
Luan Furtado / PMPA
COMUNICAÇÃO
Pesquisa também busca orientar a proposição de políticas públicas e soluções para os setores envolvidos

O Comitê de Economia Criativa (Cmec) inicia nesta sexta-feira, 19, pesquisa para captar informações sobre os profissionais das áreas criativas de Porto Alegre. Em parceria com a PUCRS e Feevale, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) busca mapear as necessidades e as carências de qualificação e de capacitação de profissionais do setor. 

Os dados da pesquisa também têm a intenção de orientar a proposição de políticas públicas e soluções para os setores envolvidos. O segmento criativo engloba artes, entretenimento, design, moda, tecnologia, mídia, produção audiovisual, arquitetura e gastronomia. Segundo a integrante do Comitê e coordenadora do hub da Indústria Criativa da PUCRS, Denise Pagnussatt, será possível construir ofertas de forma colaborativa e com base no que foi apontado para qualificar o ecossistema.

“A pesquisa é um suporte para potencializar o setor e a atuação profissional. Porto Alegre é destaque na indústria criativa nacional, sendo a sexta capital do país com o maior número de empresas e postos de trabalho”, conta a titular da Smdet, Júlia Evangelista Tavares.

Esse trabalho tem o objetivo de incentivar a geração de conhecimento e o mercado de produtos ou serviços, ampliando a participação das indústrias criativas no PIB local. “Ouvir a comunidade criativa é de suma importância para que se possa fazer um desenvolvimento econômico mais sofisticado na cadeia, com divisão de trabalho, com potencial de assimilar novos postos também”, explica o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Indústria Criativa da Feevale, Cristiano Max Pinheiro.

O mercado - A capital gaúcha emprega 125,6 mil pessoas na economia criativa. Cerca de 88% dos empreendimentos de Porto Alegre são microempresas, empresas de pequeno porte ou MEIs e, em média, cada empreendimento deste gera 7,5 postos de trabalho. 

O setor criativo está entre os dez maiores do país e supera indústrias tradicionais como têxtil, farmacêutica e de eletroeletrônicos. No Brasil, são 800 mil pessoas empregadas, o que representa 2,64% do PIB total. Enquanto a média salarial de outros setores é de R$ 2.451 mil, na indústria criativa o valor pode chegar a R$ 6.270 mil. Um mapeamento realizado em 2022 demonstrou que o setor gera 13,9% dos empregos com carteira assinada no Rio Grande do Sul. 

O Comitê - Criado em 2021, o Comitê Municipal de Economia Criativa é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Porto Alegre e do Governo do Estado. O grupo faz parte do Programa de Desenvolvimento e Fomento da Economia Criativa (Poa Criativa), criado com o objetivo de promover um ambiente favorável para o desenvolvimento da economia em Porto Alegre, estimulando a geração de conhecimento e o mercado de produtos ou serviços concebidos com este perfil. A ampliação da participação das indústrias criativas no PIB local também é uma meta do Comitê.


  

 

Hosana Aprato

Andrea Brasil