Comissão definirá diretrizes para o Selo de Igualdade Racial de Porto Alegre
Nesta terça-feira, 28, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS), por meio da Coordenação de Direitos e Promoção de Igualdade Racial, promoveu o workshop de apresentação da lei nº 13274/22, que trata do Selo de Igualdade Racial. O encontro, realizado na Associação Comercial de Porto Alegre, contou com representantes de entidades comerciais, universidades, sociedade civil organizada e agentes da prefeitura para dialogar sobre racismo estrutural e definir a formação de uma comissão que desenvolverá a regulamentação da lei, seus indicadores e sua operacionalização.
Para o secretário adjunto da SMDS, Nelson Beron, a eficácia do selo depende dessa conversa entre todos os envolvidos no processo. “Nós esperamos um momento de reflexão, um debate sem embates com todos, juntos, sentados à mesma mesa. Essa construção coletiva é a identidade da nossa gestão”, afirmou Beron.
De acordo com a coordenadora Adriana Santos, esta foi uma reunião de trabalho para nivelar o entendimento sobre racismo estrutural e projetar os objetivos que devem ser atingidos após a sanção da lei do Selo de Igualdade Racial. “A intenção é acabar com o racismo estrutural e institucional que afasta profissionais capacitados por conta da cor da pele. A ideia é que as empresas desenvolvam uma cultura interna anti-racista que terá reflexos em toda a sociedade”, explicou Adriana.
A autora da lei nº 13274/22, deputada estadual Bruna Rodrigues, então vereadora de Porto Alegre, participou do workshop. Ela destacou que para pensar no pleno desenvolvimento das pessoas negras é preciso ver o contexto no qual elas estão inseridas. Entre os parceiros para o desenvolvimento do selo, a Associação Comercial de Porto Alegre participa representando seus associados. A vice-presidente de Inclusão Social e Diversidade da instituição, Mônica Riffel, acentuou o caráter educador da proposta. “Nós temos esse olhar para inclusão e diversidade, mas é preciso fazer um trabalho de conscientização. Entender quais são as dores e dificuldades das pessoas e desenvolver soluções com as lideranças”, explicou Mônica.
Lissandra Mendonça