Diretores conhecem projeto de eficiência energética em escolas

23/10/2019 20:08
Adriano Amaral/SMED PMPA
educação
Meta é reduzir em 40% o consumo anual de energia elétrica nos prédios da rede municipal de ensino

Com a meta de reduzir em 40% o consumo anual de energia nos prédios da rede municipal de ensino (que foi de R$ 3,8 milhões em 2018), a prefeitura iniciou a implantação do Projeto de Eficiência Energética nas Escolas Municipais, um programa estruturante da administração. Viabilizado com apoio da Agência Alemã de Cooperação, a iniciativa contempla duas frentes: a instalação de placas fotovoltaicas para geração de energia solar e a adoção de uma série de medidas para tornar a matriz energética de cada escola mais eficiente e sustentável. 

O projeto está em fase de visitas técnicas para construção do modelo econômico-financeiro, para o qual o governo conta com assistência técnica gratuita especializada. Com isso, o programa se tornará elegível à busca de recursos por meio do Felicity – Financing Energy for Low-Carbon Investment Cities Advisory Facility (assessoria a cidades para financiamentos de investimentos em baixa emissão de carbono). A intermediação é feita pela Secretaria Municipal de Relações Institucionais - que pretende expandir a iniciativa para os demais prédios públicos. Mais de 40 diagnósticos já foram realizados, reunindo dados que subsidiarão as ações de eficiência energética para cada instituição de ensino.

Nessa quarta-feira, 23, o especialista em eficiência energética Alexandre Schinazi explicou os detalhes da iniciativa para um grupo de 37 diretores de escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, no auditório da Caixa Econômica Federal. Ele ressaltou a importância do papel do gestor na implantação do projeto no que concerne a questões do cotidiano observadas nas visitas e que podem ser melhoradas. De acordo com a consultoria, 74% do consumo está em iluminação, 16% em geladeiras e freezers, 9% em climatizadores de ar e 1% nos computadores. O consumo médio é de 47 mil kw/ano por escola. A economia total pretendida de 40% equivale ao consumo médio de mil casas. 

“Sabemos do universo de responsabilidades do diretor de escola, mas a sua liderança é fundamental também na eficiência energética e no seu potencial educacional. A decisão do diretor impacta diretamente na política energética municipal”, destaca Schinazi, acrescentando que está previsto também um treinamento em nível gerencial para as áreas de compras públicas.

No encontro, os diretores puderam esclarecer as mais diversas dúvidas quanto às ações do projeto. A previsão é que os recursos a serem captados cubram a aquisição dos painéis fotovoltaicos, equipamentos e reformas necessárias, como a substituição dos circuitos elétricos e lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED, entre outros. A programação da Secretaria Municipal de Educação é iniciar a instalação dos painéis em 2020. Antes, porém, algumas medidas prioritárias já podem ser empregadas, entre elas a instalação de sensores de presença, telhas translúcidas, isolamento térmico na cobertura, pintura do telhado de branco e a troca de geladeiras e freezers por modelos eficientes.

“A partir da instalação dos sistemas fotovoltaicos na matriz energética das escolas, toda economia gerada na conta de luz deverá ser revertida para a própria escola”, ressalta o secretário municipal de Educação, Adriano Naves de Brito. "O projeto vai muito além da eficiência energética, dos ganhos ambientais ou financeiros. O Luz do Saber visa a proporcionar a toda a comunidade escolar a oportunidade de aprender com essa experiência, vivenciando todas as etapas, desde o estudo, passando pela implantação, até o monitoramento de resultados. Pais, alunos e professores irão perceber o quanto o planejamento, com tecnologia e inovação, pode melhorar os resultados”, afirma o secretário municipal de Relações Institucionais, Christian Lemos.  

 

Cristina Lac

Rui Felten