Prefeitura realiza seminário sobre ações inclusivas

27/08/2018 19:10
Manoelle Duarte/Divulgação PMPA
educação
Evento integra a 21ª Semana da Pessoa com Deficiência de Porto Alegre

A Prefeitura de Porto Alegre, por meio das secretarias municipais de Educação (Smed) e de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE), realizaram o seminário "Olhares e Práticas que fazem a Diferença", nesta segunda-feira, 27, no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). O evento integra a 21ª Semana da Pessoa com Deficiência de Porto Alegre, que teve início no dia 21 e termina nesta terça-feira, 28 de agosto.

O secretário municipal de Educação, Adriano Naves de Brito, participou da abertura do seminário, agradecendo a presença de todos os participantes e ressaltando a importância da parceria da Smed e SMDSE. “Muito obrigado por partilharem das experiências que nós temos nas escolas municipais, escolas de educação especial e entidades. A ideia é exatamente essa: que nós possamos multiplicar essas boas experiências”, destacou Naves de Brito.

A secretária municipal de Desenvolvimento e Esporte, Denise Russo, também esteve presente e ressaltou que um dos mais significativos desafios sociais de Porto Alegre é a inclusão das crianças especiais ou com deficiência. “Mais do que políticas, leis e normas, é preciso que nossas crianças se sintam incluídas de forma igual. O futuro dessas crianças vai ser determinado pela forma como elas foram recebidas nas escolas”. Denise destacou também a importância do trabalho em conjunto com a Smed. “Essa união faz com que se tenha uma visão mais humana e com que os profissionais colaborem para um avanço da inclusão, formando pessoas bem preparadas para trabalhar com as diversidades”. 

Professoras da Rede Municipal de Ensino (RME) e entidades apresentaram projetos nas áreas de acessibilidade, educação especial e inclusiva que podem ser recriados em outras escolas da rede. As mediadoras da conversa foram as professoras Cláudia Amaral, coordenadora da Educação Especial da Diretoria Pedagógica da Smed, e Olga Souza, coordenadora de Acessibilidade e Inclusão da Smed.

O projeto “O olhar que faz a diferença”, desenvolvido desde março deste ano, pelas professoras Carmen Lucia Figueiredo e Aline Russo, na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Jean Piaget, tem a proposta de falar sobre inclusão dentro e fora da escola, através de contação de histórias e de debates sobre acessibilidade com os alunos. 

A Emef Décio Martins desenvolve um trabalho em rede com a coordenação, supervisão e orientação da escola juntamente com a família dos alunos que participam da Sala de Integração e Recursos (SIR). Ocorre uma escuta propositiva onde professores aconselham familiares, de modo a integrar e empoderar estudantes e suas famílias. O projeto foi apresentado pelas professoras Isabelita Pedone Neves, Luciane Winter e Anelise Bonato.

A professora Katia Espindola, da Emef Dep. Marcírio Goulart Loureiro, desenvolveu o projeto “Conta uma história!? Um projeto pró-inclusão de literatura e acessibilidade”, vencedor no ano passado do Prêmio Professores do Brasil, do Ministério de Educação. Os alunos de inclusão trazem convidados da comunidade escolar para a sala de aula a fim de contar uma história para toda a turma. Mas a história é contada de maneira diferente. É feito um vídeo onde o convidado conta a história com a ajuda de recursos audiovisuais, como imagens e músicas.

As professoras Betina Stampe e Katian e o estagiário Eduardo Nazário, da Emef Porto Novo, trabalharam em conjunto para melhorar a experiência de aprendizado de uma aluna do 6º ano que participa da Sala de Integração e Recursos (SIR). Através da linguagem visual, a estudante desenvolveu suas potencialidades e serviu de exemplo para mais colegas, que buscaram o estagiário Eduardo para superar suas dificuldades.

Na Emef Prof. Anísio Teixeira, as professoras Luciana Vissirini e Cristiane Zago, da SIR, desenvolveram o projeto “Produção e Trabalho com Materiais Inclusivos”, onde os alunos de inclusão aprendem e se alfabetizam com o auxílio de materiais inclusivos, como os materiais estruturados. São métodos de interpretação visual, como cartas silábicas e numéricas e de relação de figuras e cores a palavras, que ajudam no desenvolvimento dos alunos. Atualmente a escola atende 50 alunos na SIR.

Também foram apresentadas as ações do Projeto Rumo Norte, que capacita e profissionaliza PCDs. Os cursos oferecidos pela entidade são gratuitos e atendem cerca de 200 pessoas por semestre, com oficinas para reabilitação, lazer e mercado de trabalho. Também ganhou destaque o Falaê, um aplicativo Android desenvolvido por voluntários da HP do Brasil, em parceria com a ONG Educandário - Centro de Reabilitação São João Batista. É um aplicativo de comunicação alternativa, que permite pessoas com dificuldades de fala e mobilidade se comunicarem utilizando pictogramas (imagens ou símbolos) que representam palavras (verbos, substantivos, adjetivos. etc). O objetivo principal deste projeto é oferecer o aplicativo, e todos os seus recursos, de forma completamente gratuita. 

O objetivo da Semana da Pessoa com Deficiência de Porto Alegre é debater conceitos, ideias, sugestões e temas relacionados à realidade das pessoas com deficiência na busca de uma cidade com equidade em oportunidades para todos. Em 2018, o tema da Semana é: "Acessibilidade na Cidade: Vidas diferentes, direitos iguais", que passa por quesitos como lazer, turismo, geração de emprego e renda, e inclusão no mercado de trabalho.

 

Andrea Brasil

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