Giulian Serafim/PMPA

A paixão pelo esporte reuniu dezenas paratletas na tarde do sábado, 26, no trecho 3 da Orla do Guaiba. A Copa Porto Alegre de slalom em cadeira de rodas contou com competidores de todo o Estado, que realizaram as provas em duas modalidades (cadeira manual e cadeira motorizada) e oito categorias, divididas por idade e gênero.

O evento, que integra o calendário oficial do aniversário de 250 anos da Capital, teve como objetivos estimular a prática da atividade física através do paradesporto e promover a integração de atletas praticantes da modalidade no Rio Grande do Sul. A iniciativa permitiu a inscrição de competidores com paralisia cerebral infantil, lesão cerebral, distrofia, lesão medular, doença degenerativa e espinha bífida. Além do torneio, o público presente assistiu a uma partida de exibição de basquete em cadeira de rodas.

A secretária municipal de Esporte, Lazer e Juventude de Porto Alegre, Débora Garcia, destacou o crescimento da demanda relacionada ao paradesporto em Porto Alegre. “A Orla é uma grande conquista em termos de acessibilidade, o que ocasionou aumento significativo nas reservas de quadras e outros espaços por paratletas. Pretendemos ampliar ainda mais as opções, e para isso temos um projeto para tornar o Ginásio Tesourinha 100% acessível, o que poderá dobrar a nossa capacidade de atendimento”, frisou a secretária.

A Copa Porto Alegre de slalom em cadeira de rodas foi uma realização da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude de Porto Alegre (Smelj) por meio da Coordenadoria de Paradesporto, com a coordenação técnica da Associação dos Caminhadores do Rio Grande do Sul (OSC Caminhadores RS), apoio da Associação Brasileira de Slalom em Cadeira de Rodas (ABSCR) e parceiros da iniciativa privada. A coordenadora de Paradesporto da Smelj, JLiza Cenci, lembrou que durante a Semana da Pessoa com Deficiência – entre 21 a 28 de agosto – será realizado o Festival ParaPOA, que congregará associações paradesportivas num evento com diversas modalidades. “Teremos competições de basquete em cadeira de rodas, slalom em cadeira de rodas, natação, vôlei sentado e atletismo”, afirmou.

O slalom em cadeira de rodas – Trata-se de uma modalidade desenvolvida com o intuito de fomentar a realização de atividades físicas em pessoas com deficiência motora, utilizadoras de cadeiras de rodas. Existem várias categorias e níveis de competição, dependendo do grau de deficiência motora dos participantes. Embora inicialmente tenha sido uma disciplina somente de atletas paraplégicos, atualmente é praticada por pessoas com paralisia cerebral, sendo inclusive regulamentada pela Cerebral Palsy International Sports Recreation Association (CPISRA).

O slalom é disputado num recinto interior com uma superfície dura e lisa, com uma área mínima de 20 m x 40 m, marcada com o percurso. As provas consistem na realização de um percurso em cadeira de rodas (manual ou elétrica) composto por diferentes obstáculos, no menor tempo possível e com o menor número de erros cometidos. Existem dois tipos de competição, tanto nas provas por equipes como individuais: um de percurso fixo, outro de percurso variável. Vence quem completar os percursos no menor tempo possível depois de – se for o caso – averbadas as penalizações.