Jogos Paralímpicos de Tóquio iniciam e contam com representantes de Porto Alegre
Os gaúchos, em especial os porto-alegrenses, estarão muito bem representados nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. A lista da delegação gaúcha inclui atletas porto-alegrenses, que residem na cidade ou representam clubes de Porto Alegre. Um deles é o jogador de Futebol de 5, Ricardinho Alves, considerado o melhor do mundo e detentor de três medalhas de ouro, Pequim (2008), Londres (2012) e Rio (2016). Ele é natural de Osório, mas mora em Porto Alegre e treina na AGAFUC, em Canoas. Outro representante medalhista é o atleta de Goalbaal Alexsander Celente, que nasceu na Capital, e conquistou a medalha de bronze em 2016.
A delegação do Rio Grande do Sul nos Jogos está composta pelos seguintes atletas: Mônica Santos Esgrima CR – Grênio Náutico União – GNU), Vanderson Chaves (Esgrima CR - GNU), Susana Schnarddorf (Natação - GNU), Maria Carolina Santiago (Natação - GNU) Ruitter Silva (Natação - GNU), Roberto Alcaide (Natação - GNU), Aser Ramos (Atletismo - RS Paradesporto).
O secretário de Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ), Antonio Carlos de Oliveira Pereira, Kiko, destaca a importância desse evento para a promoção da auto-estima dos atletas e para estimular as pessoas com deficiência a praticar esportes. Lembra que Porto Alegre está realizando uma série de atividades dentro da 24ª Semana da Pessoa com Deficiência, que se encerra no dia 28 de agosto. Kiko também enfatiza que o paradesporto recebe da SMELJ uma atenção especial, tendo, inclusive, criado a Coordenação do Paradesporto. “Temos que criar cada vez mais oportunidades de inclusão”, ressalta o secretário.
Delegação brasileira e histórico – O Brasil estará presente em 20 modalidades e encontra-se entre os países com o maior número de medalhas conquistadas nas 15 edições dos Jogos Paralímpicos. Desde que estreou, em 1972, o país conquistou um total de 301 medalhas, sendo 87 de ouro, 112 de prata e 102 de bronze. As primeiras medalhas vieram em 1976, em Toronto, no Canadá, com a dupla formada por Robson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos da Costa, que conquistaram a prata no Law Bowls, modalidade semelhante à bocha e praticada na grama.
Para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, abertos nesta terça-feira (24/8), o Brasil levou uma delegação composta por 259 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 163 homens e 96 mulheres. O número de competidores brasileiros só é superado pelos que estiveram nos Jogos Rio-2016. Naquele ano, por ser sede, o Brasil obteve vagas em todas as modalidades e reuniu 286 atletas. Na quantidade de medalhas, a principal participação brasileira foi em 2016, quando foram conquistadas 72 medalhas, sendo 14 de ouro, 29 de prata e 22 de bronze.
Este ano, o total de integrantes que está na capital japonesa, contando atletas, comissão técnica, equipe médica e administrativa é de 435 pessoas. A modalidade com o maior número de atletas é o atletismo com 64 representantes e 19 atletas-guia. A natação é a segunda com o maior número de representantes, com 35 nadadores. Entre os 234 atletas com deficiência que disputam os Jogos Paralímpicos de Tóquio pelo Brasil, 68 são das chamadas "classes baixas" (com deficiência mais severa), o que representa 29,05% do total da delegação brasileira. Os jogos Paralímpicos de Tóquio encerram-se no dia 5 de setembro.
Lucas Barroso