Prefeitura começa a liberar quadras de areia da Orla após novo laudo
A Prefeitura de Porto Alegre começa a liberar as quadras de areia do Trecho 3 da Orla após novo laudo apontar que estão em condições de uso. Os agendamentos para utilização dos espaços poderão ser feitos pelo aplicativo 156+POA a partir deste sábado, 9.
A amostragem foi realizada nas mesmas áreas da coleta feita em novembro de 2023 por quatro laboratórios de diferentes áreas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). “Precisávamos desse resultado para garantir a liberação dos espaços com segurança para os porto-alegrenses”, afirma a titular da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (Smelj), Débora Garcia. Na quadra 26, a coleta ocorreu em quatro pontos diferentes. Já nas quadras 10 e 19, em três pontos em cada uma.
De acordo com o laudo, em comparação com o ensaio parasitológico anterior com resultado divulgado em 1º de dezembro de 2023, as amostras coletadas não apresentaram larvas de Strongyloides stercoralis e ovo de Taenia sp. As análises foram realizadas nas quadras 10 (futebol de areia), 19 e 26 (vôlei de praia, futevôlei e beach tennis). O estudo também não apontou nenhum risco à saúde em relação aos coliformes totais presentes no local. Os resultados foram comparados com a Resolução Conama 247, a mesma utilizada para estudos sobre a balneabilidade de águas, devido à falta de legislação específica de parâmetros para análise de areias.
Alternativas - A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) foi responsável por verificar os orçamentos para a troca das areias, pois a substituição havia sido uma primeira solução sugerida pela Unisinos para resolver o problema. Contudo, o orçamento resultou em um custo elevado, além de um tempo de troca muito longo. A secretaria buscou possíveis soluções para descontaminação de areia que, além de levar menos tempo, teriam um custo significativamente menor.
Durante o processo, foi decidido inicialmente fazer uma nova análise laboratorial, visto que o resultado da primeira coleta, feita em novembro, ocorreu após a primeira inundação, mas antes da segunda cheia. Também seria importante levar em consideração o efeito de uma possível descontaminação natural por consequência da radiação solar durante o período da interdição (meses de muito sol e calor). Com os resultados do segundo ensaio, constatou-se que não necessitava mais de medidas de restrição de uso.
“Ficamos felizes em devolver esse equipamento importante para a cidade, com qualidade e segurança para quem usufrui", ressalta o secretário municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), André Flores.
Andrea Brasil