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A prefeitura participou nesta quinta-feira, 1º, de audiência pública virtual sobre a Carris. O evento foi promovido pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa. Os secretários municipais de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Záchia, e de Parcerias, Ana Pellini, explicaram a situação da empresa e as razões que levaram o Executivo a encaminhar à Câmara Municipal um projeto de lei que autoriza a desestatização da companhia.

A secretária Pellini apresentou o estudo desenvolvido pela Consultoria Valor e Foco com a coordenação da Secretaria de Parcerias e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Os dados mostram um raio x da companhia e apontam as alternativas para a sua eficientização. “Em 2019, os custos regulatórios foram 21% mais elevados do que o dos demais operadores privados, o que acaba deixando a passagem de ônibus mais cara. Além disso, a Carris possui custos extra-tarifa que são suportados pela prefeitura, conforme demonstrações contábeis da companhia, regularmente auditadas”, explica. A secretária reforçou que até o fim do ano, considerando-se os últimos 12 anos, os repasses do Município à Carris somarão mais de meio bilhão de reais.

“A sociedade mudou, surgiram outros modais de transporte. As linhas curtas que tinham alta demanda e sustentavam o sistema começaram a ter uma concorrência muito direta dos aplicativos. Atualmente, 22% do sistema que roda em Porto Alegre é operado por empresa pública. Somos a única capital do país que opera uma empresa pública de transporte coletivo e isso também merece uma reflexão”, afirma Záchia.

Também participaram a deputada Sofia Cavedon, que propôs a pauta; o presidente da Carris, Mauricio Cunha; o adjunto da Secretaria de Parcerias Jorge Murgas; deputados que integram a comissão, representantes do Ministério Público, Comissão dos Funcionários da Carris, Defensoria Pública, entre outros.