Prefeitura debate com especialistas da UFRGS alternativas para Muro da Mauá e Arroio Dilúvio

14/05/2021 18:00
Claiton Silva/SMPAE PMPA
PLANEJAMENTO E ASSUNTOS ESTRATÉGICOS
Secretário Cezar Schirmer visitou os laboratórios do Instituto de Pesquisas Hidráulicas

O secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer, reuniu-se com o diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Joel Goldenfum, nesta sexta-feira , 14.  Após uma visita aos laboratórios do IPH, que fica no Campus do Vale, no bairro Agronomia, foram debatidas alternativas para o Muro da Mauá e o Arroio Dilúvio.

O secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer, reuniu-se com o diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Joel Avruch Goldenfum, nesta sexta-feira, 14.  Após uma visita aos laboratórios do IPH, que fica no Campus do Vale, no bairro Agronomia, foram debatidas alternativas para o Muro da Mauá e o Arroio Dilúvio.

Para Schirmer, o rio, o muro, o cais e o Centro Histórico precisam ser discutidos em conjunto. Ele frisou que diversos lugares no mundo contam com sistemas que não isolam os centros urbanos de cursos d’água e que isso também é possível em Porto Alegre. “Temos total convergência sobre manter uma estrutura de proteção contra cheias, mas também observei alinhamento quando à necessidade de prospectar novas tecnologias que permitam substituição total ou parcial do muro, sem prejuízo à cidade”, salientou.

Goldenfum esclareceu que existem alternativas técnicas que merecem ser avaliadas. “É importante ressaltar que o muro é apenas um elemento de um complexo sistema de proteção contra inundações de Porto Alegre. Entendemos que ele pode ser substituído, desde que seja garantido no mínimo o mesmo grau de segurança que temos hoje”, afirmou.

Com relação ao Dilúvio, foi apresentada uma iniciativa que visa despoluir as águas, abrindo margem para uma reurbanização do arroio e de seu entorno. A proposta tem como objetivo a recuperação do espaço, a exemplo do que foi feito com o Cheonggyecheon, em Seul (Coreia do Sul), e com o San Antonio River, na cidade de San Antonio (Estados Unidos). “Estamos estudando alternativas para revitalização, visando permitir uma melhor convivência entre a população e o arroio”, acrescentou o diretor do IPH.

A prefeitura e o IPH possuem uma longa parceria, através da disponibilização do corpo técnico do instituto com o intuito de auxiliar no debate sobre alternativas para políticas públicas que envolvam a utilização e o manejo de recursos hídricos. “São profissionais e pesquisadores com muita qualidade técnica, e não poderia ser diferente, uma vez que o instituto é referência para toda a América Latina. Certamente levaremos este assunto ao prefeito Sebastião Melo”, assegurou Schirmer.

Instituto - Criado em 1953, o IPH é uma unidade de ensino, pesquisa e extensão em hidráulica, recursos hídricos e meio ambiente que presta de serviços à comunidade desde a sua criação. Inicialmente, sua atribuição era a de atuar em pesquisa e consultoria na área de modelos reduzidos de obras hidráulicas fluviais e marítimas, além de apoiar os cursos de engenharia com seu laboratório de ensino de hidráulica.

Em 1969, com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o IPH expandiu suas atividades. Atualmente, o instituto é responsável pelos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia Hídrica da UFRGS, mas ministra aulas de graduação no tema água para mais de 12 cursos da universidade. Também fica a cargo do IPH a pós-graduação (mestrado e doutorado) em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental.

 

Claiton Silva

Elisandra Borba