Boletim analisa transmissão do HIV na gestação em Porto Alegre
O Boletim Epidemiológico 90, da Equipe de Vigilância de Doenças TransmissÃveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), lançado nesta semana, traz um histórico da vigilância epidemiológica de gestantes HIV positivas e crianças expostas à transmissão viral desde 2001. A publicação também destaca a mudança no cenário de vigilância ocorrido em 2012, quando a polÃtica pública de testagem rápida para diagnóstico do HIV foi estabelecida pelo Ministério da Saúde e descentralizada no âmbito da Atenção Primária em Saúde de Porto Alegre.
A ampliação da testagem rápida promoveu acesso ao diagnóstico precoce e realização de tratamentos em tempo oportuno, evitando a transmissão vertical do HIV e a ocorrência de sÃfilis congênita, além do aumento da detecção de casos de HIV/aids e sÃfilis adquirida em todo o municÃpio. De forma complementar, desde 2013 está implantado na cidade o Comitê Municipal de Prevenção da Transmissão Vertical do HIV e SÃfilis, que acompanha a notificação dos casos a partir da vigilância das gestantes HIV+ e das crianças expostas ao HIV.
Segundo o documento, através do seguimento de cada caso notificado ao longo de dois anos, o núcleo foi capaz de determinar e monitorar a taxa de incidência de novas infecções pelo HIV em crianças por ano de nascimento, bem como a taxa de transmissão vertical do HIV do municÃpio.
Nos últimos cinco anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde, Porto Alegre ocupa o primeiro lugar entre capitais do paÃs em relação à taxa de detecção de gestantes com HIV, com 17 casos a cada mil nascidos vivos. A taxa brasileira é de 3,1. Dados do Núcleo de Vigilância de Doenças TransmissÃveis Crônicas da SMS indicam que, entre crianças menores de cinco anos, a taxa de detecção é de 7,3 casos por 100 mil habitantes.
O boletim epidemiológico é uma publicação tradicional que traz análises de equipes técnicas que realizam a vigilância de doenças transmissÃveis, sejam elas agudas ou crônicas.
Lissandra Mendonça