Foi publicada nesta terça-feira, 11, a terceira edição do Boletim de Vigilância de Vírus Respiratório de Porto Alegre. Até a Semana Epidemiológica (SE) 27 de 2023 – dados cumulativos até 8 de julho – foram notificados 992 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na cidade. A notificação é feita a em casos de internação hospitalar. 

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é caracterizada por quadro de síndrome gripal que evolui para quadro grave com comprometimento da função pulmonar e necessidade de hospitalização. As causas virais mais importantes atualmente são os subtipos da Influenza, A e B, Vírus Sincicial Respiratório e Sars-COV-2 (o coronavírus).

Se comparado o mesmo período de 2022 e 2023, este ano apresenta menor incidência em relação ao ano passado, o que pode ser atribuído ao ano epidêmico de 2022, quando ainda predominavam as SRAG associadas à Covid-19. “Entretanto, considerando apenas as faixas etárias de 0 a 12 anos, o cenário é diferente, apontando elevado número de crianças acometidas em 2023”, enfatiza o documento.

A publicação destaca alto volume de SRAG por outros vírus, nas quais o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) ocupa a maior parte das notificações. "A faixa etária infantil de menores de quatro anos está com incidência muito elevada este ano”, ressalta o documento. 

Em relação aos óbitos, a taxa de letalidade geral atingiu 8,6% no período. A letalidade de SRAG por Covid-19 permanece a mais elevada, chegando a 26%, seguida pelas SRAG por Influenza e SRAG não especificada, que atingiram taxas de letalidade de 8,4% e 6,9%, respectivamente.