Campanha de vacinação contra poliomielite tem parcial de 27% da meta atingida

21/09/2022 16:58

Dados extraídos do LocalizaSUS nesta quarta-feira, 21, indicam que 17.963 doses de vacinas contra poliomielite foram aplicadas durante a campanha nacional de imunização em Porto Alegre. O quantitativo corresponde a 27% da meta. Para garantir a proteção da comunidade é necessário 95% do público estimado estar vacinado. Na Capital, a estimativa de menores de cinco anos que devem ser vacinadas é de 66.300 crianças.  A campanha prossegue em todo o país até 30 de setembro, em função da baixa adesão à imunização. 

Considerando as faixas etárias, o número e porcentagem de imunização em Porto Alegre é o seguinte: 1 ano – 26,78% (4.201 doses), 2 anos – 26,20% (4.415 doses), 3 anos – 27,49% (4.638 doses) e 4 anos – 27,88% (4.709 doses)

A vacina contra poliomielite está disponível em 123 unidades de saúde, com atendimento de acordo com o horário de funcionamento de cada local. 

Situação - Em julho de 2022, os Estados Unidos registraram um caso de pólio. Foi o primeiro em quase uma década. A pessoa não era vacinada. Países como o Paquistão e o Afeganistão apresentam cenário epidemiológico em que a poliomielite é doença endêmica, ou seja, o vírus circula. 

Com o tráfego aéreo constante, é essencial que as coberturas vacinais sejam superiores a 95% para proteger as populações. O Brasil não atinge a meta desde 2015. Em Porto Alegre, o percentual vem diminuindo também no mesmo período. Essa situação coloca a cidade e o país em risco de reintrodução do vírus, especialmente se considerado o tráfego internacional de pessoas em viagens pelo mundo e a forma de transmissão.

O enfermeiro Augusto Crippa, do Núcleo de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde, destaca a importância de as crianças serem vacinadas. “Estamos em alto risco para reintrodução do vírus no país, e ele não circula no Brasil desde 1989”. Crippa também enfatiza a gravidade da doença. “A criança pode ir dormir com febre e, em casos graves, no dia seguinte, acordar sem movimentos nas pernas de forma permanente”, destaca.

 

Patrícia Coelho

Gilmar Martins