Cristine Rochol/PMPA

Um novo serviço de saúde está em operação em Porto Alegre. O ambulatório de reabilitação pós-Covid-19 faz o acompanhamento de pessoas que necessitam de apoio no período de recuperação. Objetivo é atender casos que não precisaram de internação hospitalar, mas tiveram sequelas com a doença. O encaminhamento é feito após consulta na Atenção Primária – nos postos de saúde.

No momento do atendimento, os profissionais de saúde avaliam e verificam a necessidade de encaminhar para o ambulatório. A enfermagem é responsável pelo plano de cuidado do paciente e encaminhamentos às demais especialidades. A partir da primeira análise, o paciente é inserido no sistema de regulação do município e encaminhado para o serviço - sistema Gercon, que administra o fluxo de consultas na rede pública.

O paciente poderá ter o acompanhamento na própria unidade de saúde de sua referência, se não houver exigência de um tratamento. Conforme avaliação, o caso poderá ser encaminhado para o Centro de Saúde IAPI. Situações graves, que exijam avaliações mais complexas, contarão com o apoio do Hospital de Clínicas, que já tem este serviço em atividade há mais tempo.

O secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, ressalta a importância do serviço. "Este equipamento qualifica a atenção ao paciente que mais necessita de apoio no período de recuperação, garantindo a atendimento integral ao cidadão", declara. Antes, o acompanhamento era realizado diretamente pelos hospitais e somente para pacientes que haviam passado por algum tipo de internação.

Consultas - Durante primeira etapa serão disponibilizadas dez consultas semanais, com serviços de enfermagem, nutrição, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, fisiatria, acupuntura e educador físico, este último um apoio dos profissionais da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude. A partir de agosto, o serviço ganhará o reforço de alunos e professores da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFSCPA) e Unisinos.

Porto Alegre tem mais de 151 mil pessoas recuperadas da Covid-19. Desde o início da pandemia foram 9.900 internações hospitalares pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Aproximadamente 30% dos pacientes que necessitaram de internação apresentaram sequelas prolongadas de diferentes gravidades.