Capital integrará dados públicos e privados de imunização

25/07/2019 17:40
Robson da Silveira/SMS PMPA
SAÚDE
Sistema de Informações será ferramenta para melhoria das coberturas vacinais

A partir de 1º de outubro, dados referentes à vacinação realizada por serviços públicos e privados estarão centralizados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações. O primeiro passo para a implantação do SIPNI em clínicas de vacinação, farmácias e serviços de imunização de hospitais foi dado nesta quinta-feira, 25, quando representantes de serviços – rede de farmácias e clínicas de vacinação – reuniram-se com técnicos e servidores da Secretaria Municipal de Saúde na sede da Vigilância em Saúde municipal.

Na ocasião, a chefe do Núcleo de Imunizações da SMS, Renata Capponi, lembrou que o SIPNI está implantado nas 140 unidades de saúde da rede municipal que têm salas de vacinas e em hospitais da cidade. “Temos a convicção de que o SIPNI será uma ferramenta importante para a melhoria das coberturas vacinais da Capital, melhoria da qualidade das informações e do conhecimento da situação vacinal dos moradores da nossa cidade, sejam usuários do SUS ou da rede privada”, enfatiza a enfermeira.

Renata destacou que o SIPNI nasceu com objetivos específicos. Entre eles, registro individual de dados nominais de vacinação de pessoas residentes no país, o fornecimento de dados sobre pessoas vacinadas, ser o único meio de transmissão desses dados e reduzir os erros de imunização. “A inclusão de dados de estabelecimentos privados nos próprios locais garantirá maior agilidade para a análise desses dados”, frisa a técnica, ao explicar que, hoje, esses serviços enviam à SMS planilhas mensais com os registros de vacinação. “Cabe ao Núcleo de imunizações registrar as informações no SIPNI”, resume.

Além de registro das pessoas vacinadas, o sistema conta com módulos como vinculação de lotes de vacinas, movimentação de imunobiológicos e eventos adversos da vacinação. “Conhecer o vacinado e garantir a ele acesso aos seus dados é essencial, mas para garantir a qualidade da vacinação também é fundamental garantir a rastreabilidade das vacinas, o que o sistema propicia”, explica a farmacêutica e técnica em enfermagem Ceura Cunha, da SMS.

A iniciativa está sendo bem recebida pelos representantes da iniciativa privada. Segundo o médico Paulo Gewehr Filho, do setor de imunizações do Hospital Moinhos de Vento, a adesão ao SIPNI trará resultado ótimo. Para ele, a unificação dos registros dos pacientes, além de permitir consulta pública, vai diminuir os problemas que hoje são observados diante da perda de carteiras de vacinação ou não legibilidade de dados. “Este será um grande avanço para os pacientes”, resume o médico, que acredita na ferramenta como uma contribuição para o aumento da cobertura vacinal de Porto Alegre.

A construção do processo de implantação será feita em conjunto com os serviços. De acordo com o planejamento previsto, em agosto devem ser realizadas as oficinas práticas de treinamento de uso do SIPNI, em datas a serem confirmadas. A utilização do SIPNI pelos serviços privados segue diretriz da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e conta com a parceira da Secretaria Estadual de Saúde.

Participaram do encontro representantes das redes Agafarma e Panvel, farmácia Santa Rita, Caixa de Assistência dos Advogados do RS, Salute Clínica, Clínica de Pediatria Moinhos, Unimed POA, clínicas de vacinação Imunoclin, Imune e Previne, Clínica de vacina do Hospital Moinhos de Vento e Mãe de Deus Center Vacinas.   

 

Patrícia Coelho

Gilmar Martins