Porto Alegre ganha reforço do programa Médicos pelo Brasil

10/05/2022 15:00
Cristine
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Paulista José Francisco Ferreira Lima de Sousa é um dos primeiros profissionais a assumir na Capital

A Capital aderiu ao programa Médicos pelo Brasil, do governo federal, com a solicitação de 30 profissionais. Desses, 24 devem começar a trabalhar ainda em maio e seis no mês de junho. Uma comitiva do Ministério da Saúde esteve em Porto Alegre na última semana para marcar o início das atividades.

Para o diretor-presidente da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde, Alexandre Pozza, o programa tem uma missão importante que é a de levar atendimento médico para quem mais precisa no país. “Ver o médico atuando na ponta reforça o nosso compromisso e responsabilidade com a saúde dos brasileiros. Temos trabalhado para, com a contratação de profissionais, fortalecer o Sistema Único de Saúde”, afirma.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, o reforço irá auxiliar na demanda por atendimento. “Os profissionais estão capacitados no cuidado de crianças, adultos e idosos, sendo responsáveis por atender as queixas mais comuns, como hipertensão, diabetes, gripe, asma e outras doenças respiratórias, ajudando a desafogar as emergências dos hospitais e pronto-atendimentos”, destaca. Os médicos de família e comunidade do programa atuarão em 16 unidades de saúde da Capital, contemplando as quatro coordenadorias regionais: norte, sul, leste e oeste.

Vínculo - O paulista José Francisco Ferreira Lima de Sousa, 32 anos, é um dos primeiros profissionais a assumir em Porto Alegre. Natural de Presidente Prudente, interior de São Paulo, atuava na atenção primária do Rio de Janeiro até decidir se inscrever no Médicos pelo Brasil. Entre os pontos fortes do programa, ele destaca a mobilidade nacional de profissionais em diferentes regiões do país. “O vínculo médico-paciente é um dos objetivos da iniciativa, que se propõe a uma vertente formativa”, diz. 

Agora, a expectativa do médico bolsista convocado é de realmente conseguir estabelecer esse vínculo e trabalhar nos moldes da Atenção Primária em Saúde (APS). “O mais genuíno na APS é a capacidade de promover saúde, prevenir danos e tratar 80% das patologias que existem”, avalia. Conforme o profissional, o principal foco da medicina de família e comunidade é entender que o trabalho não é apenas curativo, mas preventivo. “A partir do momento que você se aproxima do paciente, se estabelece o vínculo e a promoção da saúde de modo profilático, evitando que ele chegue na emergência com uma insuficiência cardíaca descompensada porque nunca usou o remédio certo”, comenta Sousa.  

Vanessa Conte

Lissandra Mendonça