Saúde divulga balanço sobre casos de raiva em morcego e alerta sobre cuidados
Em 2021, foram confirmados quatro casos de morcegos positivos para raiva entre os 118 animais recolhidos pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS). Os quatro casos foram de animais coletados nos meses de maio, agosto, novembro e dezembro nos bairros Teresópolis, Bom Fim, Tristeza e Santana. Já em 2022, houve aumento expressivo no número de recolhimentos e coletas de amostras para exames. Até 7 de fevereiro, foram 71 animais. Não houve confirmação de casos positivos de raiva. Os animais recolhidos têm amostras coletadas e enviadas ao Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) - laboratório de referência estadual - para exame virológico.
A diretora adjunta da DVS, Fernanda Fernandes, explica que o serviço de recolhimento da Secretaria Municipal de Saúde é realizado quando o animal se encontra em situação compatível com a infecção, ou seja, caído no chão ou pendurado em objetos, dentro de casa, durante o dia. Caso o animal esteja voando normalmente, indicando presença de colônia na residência, o contato deve ser feito com a Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade, que orientará sobre o desalojamento da colônia.
Infecção no morcego - Os morcegos hematófagos são contaminados com o vírus da raiva ao morder ou lamber um animal infectado. Os não hematófagos – que são mais comuns no ambiente urbano – podem ser infectados ao compartilharem o mesmo abrigo com os morcegos hematófagos portadores do vírus da raiva ou mesmo ao disputarem território com esses morcegos. Os morcegos não hematófagos infectados podem transmitir acidentalmente a doença à espécie humana e a outros animais quando encontrados vivos, mortos ou prostrados.
A transmissão do vírus do morcego para outro animal ocorre pela saliva de um animal contaminado a outro - não necessariamente pela mordedura. Um simples arranhão de um morcego contaminado é considerado grave, pois eles têm hábito de se lamberem.
Morcegos caídos no chão podem ser alvo da curiosidade de animais domésticos. Por isso, é essencial que os tutores de cães ou gatos mantenham atualizada a carteira vacinal do seu pet. A vacina contra raiva é oferecida na rede privada e deve ser feita uma vez por ano.
Notificação - Caso encontre um morcego caído ou dentro de casa durante o dia, em estado de prostração, a notificação deve ser feita para a Secretaria de Saúde, à Equipe de Vigilância de Antropozoonoses (Evantropo), via Serviço 156, durante as 24 horas, ou pelo telefone 3289-2459, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. A Evantropo também deve ser notificada quando o morcego tiver contato com uma pessoa ou animal.
Lissandra Mendonça