Saúde divulga dados sobre leptospirose em Porto Alegre

14/06/2024 17:44

Porto Alegre tem 52 casos de leptospirose confirmados em 2024. No total, a vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (EVDT/DVS/SMS) recebeu 1.556 notificações de suspeitas da doença. Além dos casos confirmados, há 1.309 suspeitas em investigação e 195 foram descartadas. Dois óbitos foram confirmados entre residentes de Porto Alegre por leptospirose e outros dois seguem em investigação. Os dias 14 e 15 de maio registraram o maior número de notificações à EVDT: 60 e 63, respectivamente. O maior número de casos foram confirmados na semana epidemiológica 20 deste ano, que vai do dia 12 a 18 de maio. 

A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, presente na urina de ratos e de outros animais. É transmitida por água contaminada e pelo contato com a pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento. 

“Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos em esgotos e bueiros mistura-se à enxurrada e à lama, fazendo com que qualquer pessoa que tenha contato com a água das chuvas ou o lodo contaminados possa ser atingida. Por isso, todas as etapas de limpeza após inundações devam ser feitas com proteção redobrada, como uso de luvas e  botas e, na impossibilidade, uso de sacos plásticos sobre calçados fechados”, explica a diretora da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Evelise Tarouco da Rocha.  

Sinais e sintomas - A pessoa que apresentar febre, dor de cabeça e dores no corpo (especialmente nas panturrilhas) alguns dias depois de ter tocado água de enchente ou esgoto ou lama de inundações deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo. A leptospirose é uma doença curável, com tratamento e diagnóstico oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mediante a notificação da suspeita para a Vigilância Epidemiológica Municipal. O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para o êxito da recuperação bem como para evitar óbitos relacionados à doença. Os sintomas podem se manifestar em prazo de até 30 dias após a exposição às fontes de contágio.

 

Patrícia Coelho

Gilmar Martins