Secretaria da Saúde confirma novo caso de morcego infectado com o vírus da raiva

11/11/2022 10:09

Um morcego coletado em residência no bairro São Geraldo, em outubro, teve resultado positivo em exame para infecção pelo vírus da raiva. Com isto, subiu para três o número de morcegos positivos para a raiva na Capital em 2022, entre 140 coletas do animal realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde. Os outros dois casos foram nos bairros Teresópolis, em abril; e Ipanema, em maio.

Em 2021, foram quatro casos de morcegos positivos para raiva entre os 118 animais recolhidos pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS). Os animais têm amostras coletadas e enviadas ao Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) para exame virológico. Os quatro casos positivos são de morcegos apreendidos nos meses de maio, agosto, novembro e dezembro, nos bairros Teresópolis, Bom Fim, Tristeza e Santana, respectivamente.

“O serviço de recolhimento da Secretaria de Saúde é realizado quando o animal se encontra em situação compatível com a infecção, ou seja, caído no chão ou pendurado em objetos, dentro de casa, durante o dia”, explica a diretora em exercício da DVS, Fernanda Fernandes.

Caso o animal esteja voando normalmente, indicando presença de colônia na residência, o contato deve ser feito com a Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade, que orientará sobre o desalojamento da colônia.

Infecção - Os morcegos hematófagos são contaminados com o vírus da raiva ao morder ou lamber um animal infectado. Os não hematófagos – mais comuns no ambiente urbano – podem ser infectados ao compartilharem o mesmo abrigo com os morcegos hematófagos portadores do vírus da raiva ou mesmo ao disputarem território com esses morcegos. Os morcegos não hematófagos infectados podem transmitir acidentalmente a doença à espécie humana e a outros animais quando encontrados vivos, mortos ou prostrados.

A transmissão do vírus do morcego para outro animal ocorre pela saliva de um animal contaminado a outro - não necessariamente pela mordedura. Um simples arranhão de um morcego contaminado é considerado grave, pois eles têm hábito de se lamberem.

Morcegos caídos no chão podem ser alvo da curiosidade de animais domésticos. Por isso, é essencial que os tutores de cães ou gatos mantenham atualizada a carteira vacinal do seu pet. A vacina contra raiva é oferecida na rede privada e deve ser feita uma vez por ano.

Caso encontre um morcego caído ou dentro de casa durante o dia, em estado de prostração, a notificação deve ser feita para a Secretaria de Saúde, à Equipe de Vigilância de Antropozoonoses (Evantropo), via Serviço 156, durante as 24 horas, ou pelo telefone 3289-2459, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. A Evantropo também deve ser notificada quando o morcego tiver contato com uma pessoa ou animal.

 

Patrícia Coelho

Cristiano Vieira