Vigilância Ambiental realiza ação de busca ativa por escorpiões amarelos na Ceasa-RS
Na noite de terça-feira, 15, foi realizada uma operação noturna nas Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa-RS), que resultou na identificação de dois escorpiões amarelos mortos. A ação envolveu uma varredura em diferentes pontos do local, com o objetivo de mapear focos da espécie e conter sua disseminação. O escorpião amarelo é conhecido pelo veneno altamente tóxico e representa um risco significativo à saúde humana.
A atividade foi feita pela Diretoria de Vigilância em Saúde e a Unidade de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com as Vigilâncias Ambientais do Rio Grande do Sul e dos municÃpios de Esteio e Sapucaia do Sul.
A busca ativa por escorpiões amarelos contou com o apoio logÃstico dos funcionários da Ceasa, e integra os esforços contÃnuos da SMS para monitorar e controlar a população de escorpiões em áreas urbanas. A escolha da Ceasa/RS — um dos principais centros de distribuição de alimentos do Estado — se deu devido ao risco aumentado de infestação em locais com grande circulação de pessoas e acúmulo de resÃduos orgânicos.
O escorpião amarelo possui um veneno muito tóxico. Sua picada é extremamente dolorosa e pode causar complicações graves, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Em casos mais graves, a vÃtima pode morrer em poucas horas. A SMS reforça que, em caso de picada, é fundamental procurar atendimento imediato no Hospital de Pronto Socorro, único local da cidade com disponibilidade de soro antiescorpiônico.
A espécie exige atenção especial também por sua biologia: composta exclusivamente por fêmeas, o escorpião amarelo se reproduz por partenogênese — ou seja, sem necessidade de machos. Cada fêmea pode viver até quatro anos e gerar até 160 filhotes ao longo da vida, o que torna essencial a adoção de medidas preventivas para controle da população.
Medidas preventivas:
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Acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos ou recipientes bem fechados, evitando a presença de insetos que servem de alimento aos escorpiões.
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Combater a proliferação de baratas. Se for utilizar pesticidas, prefira formulações em gel ou pó, aplicadas por empresas especializadas.
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Sacudir e examinar roupas e calçados antes de usá-los.
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Não colocar as mãos sem luvas em buracos, sob pedras, troncos podres ou dormentes.
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Utilizar soleiras em portas e janelas, e instalar telas em ralos, pias e tanques.
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Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e entre o forro e a parede.
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Consertar rodapés soltos.
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Afastar camas e berços das paredes.
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Evitar que roupas de cama ou mosquiteiros toquem o chão.
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Não pendurar roupas nas paredes.
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Preservar inimigos naturais dos escorpiões, como corujas, lagartos e sapos.
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Manter quintais e jardins limpos, evitando o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo ou materiais de construção. Usar calçados e luvas nas tarefas de limpeza.
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Evitar folhagens densas (como trepadeiras, bananeiras e arbustos) junto a muros e paredes. Manter a grama sempre aparada.
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Informar a necessidade de limpeza de terrenos baldios vizinhos ao serviço 156.
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Ao visualizar um escorpião, acione o 156. Equipes do Núcleo de Fiscalização Ambiental farão o atendimento e prestarão as orientações necessárias.
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Para mais informações, acesse o site do Ministério da Saúde.
Tatiana Bandeira