Vigilância epidemiológica monitora dois surtos de doença mão-pé-boca

17/12/2021 10:27

A Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis (EVDT) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) monitora e acompanha dois surtos ativos de casos de Doença Mão-Pé-Boca (DMPB) em instituições de educação infantil de Porto Alegre, envolvendo 18 crianças. Desde setembro, foram identificados 18 surtos, em 123 crianças. 

Dos dois surtos ativos, um será considerado encerrado nesta sexta-feira, 17, e o outro, na segunda-feira, 19. Um surto é considerado encerrado se em um prazo de 14 dias um novo caso não foi confirmado. A doença apresenta pouca gravidade, mas é altamente contagiosa. É causada por vírus do sistema digestivo.

A médica Rosa Teixeira, da EVDT, destaca que os sintomas mais marcantes são as lesões em mãos, pés e boca e os primeiros sinais costumam ser a dor de garganta e febre. "Em dois ou três dias surgem pequenas feridas avermelhadas nas mãos, pés e boca. Também podem ocorrer mal-estar e perda do apetite", frisa.

A infecção é mais comum em crianças de até cinco anos, embora também possa ocorrer em adultos. A transmissão ocorre através do contato direto entre as pessoas, contato com saliva, fezes e outras secreções, alimentos e objetos contaminados. As lesões de pele também transmitem a doença.

Tratamento - Não existe tratamento específico ou vacina. Na maioria dos casos é uma doença branda e benigna, que desaparece espontaneamente após alguns dias sem causar complicações. Quando necessário, é recomendado uso de medicações para alivio dos sintomas como dor e febre.

Surtos devem ser informados à EVDT pelos locais onde houver suspeita da doença. A notificação vai desencadear o acompanhamento da equipe em relação aos casos. Familiares e responsáveis por crianças devem informar a suspeita às instituições.

Recomendações para evitar a contaminação: 
- Manter uma boa higiene pessoal e do ambiente, lavando as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes de manusear alimentos.
- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas. 
- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos.
- Nas creches é preciso ter muito cuidado com a higiene das mãos após a troca de fraldas para que os profissionais não transmitam o vírus de uma criança para outra. 
- Afastar o doente do trabalho e escola até o desaparecimento dos sintomas.
- Lavar com água e sabão e desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (uma colher de sopa de água sanitária diluída em quatro copos de água limpa) toda a superfície de objetos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos doentes.
- Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar).
- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir.
- Trocar e lavar diariamente as roupas comuns e roupas de cama de doentes.

Patrícia Coelho

Lissandra Mendonça