Artigo: A reconquista dos espaços de Porto Alegre
O inÃcio da história de Porto Alegre é marcado pelo momento em que os casais açorianos desembarcaram no porto que havia na beira do GuaÃba. Pelo mesmo caminho, vieram outros imigrantes e o comércio, com os quais prosperou a cidade. A Ponte de Pedra, o cais, a canalização do Arroio Dilúvio e sua mudança de curso, o aterro na orla, a Usina do Gasômetro, a ponte móvel, as casas de bombas, o muro da Mauá, as praças e os parques são episódios que marcam a epopeia do porto-alegrense pelo domÃnio sobre seu território.
Não por acaso, um dos perÃodos de maior crise na história da cidade foi também marcado pelo afastamento dos principais sÃmbolos de sua identidade. Devido à crise econômica e polÃtica, obras e manutenções atrasaram e os serviços da cidade foram mal prestados. Felizmente, nos últimos três anos, a operação das casas de bombas dobrou de 40% para 80%, triplicamos as podas de árvores, a orla do GuaÃba e a Ponte de Pedra foram devolvidas aos porto-alegrenses, realizamos o leilão da PPP de iluminação pública e, nesta semana, inicia-se o serviço de um grande contrato de manutenção de mobiliário de praças e parques, que prevê atendimento 10 vezes maior do que o serviço anterior.
Até 2017, Porto Alegre nunca havia contratado uma empresa especializada para fazer a manutenção de mobiliários de parques e praças. O contrato, cujo investimento é de R$ 24,8 milhões, garante manutenção de calçadas, quadras esportivas, telas, bancos, brinquedos e outros equipamentos que trazem à cidade maior qualidade de vida, acesso a esportes, áreas de convÃvio, segurança pública, embelezamento da cidade e turismo. Para que fosse possÃvel tal conquista, a gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior fez antes as reformas necessárias para equilibrar as contas do municÃpio, sendo agora possÃvel devolver aos pagadores de impostos melhores serviços.
O porto-alegrense hoje recebe de volta seus sÃmbolos, mais bonitos do que nunca, e pode sentir a mesma satisfação e orgulho que seus antepassados sentiram quando primeiro dominaram os espaços da cidade. Ao mesmo tempo em que mata as saudades de sua própria casa, relembra o motivo de tê-la batizado com o nome de Porto Alegre.
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Ramiro Rosário
Secretário Municipal de Serviços Urbanos
*Artigo originalmente publicado em Zero Hora de 4 de setembro de 2019
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Fabiana Kloeckner