DMLU poderá reciclar parte de resíduos retirados da Ecobarreira

12/12/2018 16:34

Os resíduos retirados do arroio Dilúvio pela Ecobarreira podem ser reciclados, de acordo com o estudo que analisou os materiais coletados no córrego. Nesta quarta-feira, 12, a Safeweb, empresa que faz a manutenção da Ecobarreira, apresentou o resultado da análise. Os secretários municipais de Serviços Urbanos (SMSUrb), Ramiro Rosário, do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), Maurício Fernandes, e o diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Renê José Machado de Souza, participaram da coletiva realizada pelo Instituto Safeweb e a Braskem.

 

O estudo da Engebio Engenharia e Meio Ambiente aponta que parte do material coletado é reciclável e não apresenta risco à saúde dos trabalhadores de triagem. O levantamento faz parte de uma iniciativa liderada pelo Instituto Safeweb e pela empresa Braskem, que busca apontar alternativas para uma destinação final adequada dos materiais, conforme preconizado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. A ação pretende valorizar o que é potencialmente reaproveitável e destinar para o aterro sanitário apenas os verdadeiros rejeitos do sistema. A partir de agora os resíduos, que antes eram destinados ao aterro sanitário, vão diretamente à Unidade de Triagem e Compostagem (UTC) Lomba do Pinheiro, conforme definição dos técnicos do DMLU.

“Atingimos o objetivo que é ter um destino adequado para estes resíduos. Agora eles não vão mais para o aterro sanitário e não causam mais o mesmo impacto ambiental”, comemora Luiz Carlos Zancanella Júnior, presidente do Instituto Safeweb. “Quem fez a Ecobarreira foi a iniciativa privada. Ao poder público cabe o papel de não criar barreiras para quem quer empreender, criar e inovar, por isto louvamos esta iniciativa”, destaca Ramiro Rosário, secretário da SMSUrb.

De acordo com Maurício Fernandes, secretário da Smams, este resultado deve ser reconhecido, visto que a ausência de triagem gera prejuízo, pois o resíduo que poderia ser renda, acaba virando rejeito. “O poder público faz sua parte, mas a responsabilidade da separação de resíduos tem de ser compartilhada com o cidadão”, conclui Fernandes. Já o diretor-geral do DMLU, Renê José Machado de Souza, destaca que as Parcerias Públicos Privadas (PPPs) como esta são muito importantes, pois aliam o conhecimento do corpo técnico do departamento com as novas ideias e investimentos da iniciativa privada. A diretora da Divisão de Destino Final do departamento, Mariza Reis, conclui que a maior importância desta ação é demonstrar que este resíduo não deveria estar indo para o arroio Dilúvio, mas para a Coleta Seletiva.

Ecobarreira- A estrutura é uma barreira ecológica que atravessa o arroio Dilúvio de um lado a outro, impedindo a chegada dos resíduos flutuantes ao Guaíba. Uma gaiola (armadilha) é içada trazendo os resíduos para a superfície. O objetivo da obra é impedir a chegada dos sólidos flutuantes do Dilúvio ao Lago Guaíba, retirá-los do local e assim reduzir a quantidade. Por ação da corrente e dos ventos do Guaíba, esse material deposita-se nas suas margens. Além de comprometerem o paisagismo, os resíduos retém águas das chuvas, permitindo a proliferação de mosquitos transmissores de doenças. Conservado e coordenado pelo Instituto Safeweb, o projeto tem o apoio da Smams, da SMSUrb, por meio da Divisão de Manutenção de Águas Pluviais (DMAP) e do DMLU, e do professor Gino Gehling, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
 

  

 

Adriana Machado

Gilmar Martins

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