Prefeitura dialoga com coletores informais de resíduos

07/04/2021 19:15

Representantes da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) e do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) reuniram-se com  trabalhadores de coletas informais que protestaram em frente à sede da Cootravipa na manhã desta quarta-feira, 7. Eles se queixam de dificuldade para trabalhar por causa da fiscalização ampliada e autuações, desde março, envolvendo veículos de coletas clandestinas e descartes irregulares de resíduos. Ao receber o grupo de trabalhadores, a prefeitura reforçou a disposição de diálogo da gestão atual com os mais diferentes setores.

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informou que apoia operações para verificação de veículos utilizados no recolhimento clandestino de material reciclável. São ações realizadas principalmente para segurança da população, já que são flagrados com frequência veículos em más condições de manutenção ou sendo dirigidos por pessoas não habilitadas - o que aumenta o risco de acidentes. As blitze, com a participação de várias equipes da prefeitura, são coordenadas pela Secretaria Municipal da Segurança.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) também fiscaliza regularmente o descarte irregular de resíduos. Além disso, a prefeitura está trabalhando em um novo projeto de lei para logística reversa, com a  participação dos catadores. A logística reversa é quando o resíduo resultante de um produto retorna para o local onde ele foi fabricado. Desta forma, os materiais recicláveis têm uma destinação final adequada e melhor reaproveitamento.

Conforme foi explicado aos coletores informais, a prefeitura busca o entendimento, mas ao mesmo tempo precisa seguir um regramento para as coletas. Os materiais recicláveis recolhidos pelo DMLU são encaminhados a 16 Unidades de Triagem (UTs), gerando emprego e renda para cerca de 600 trabalhadores. 

Já o carregamento de resíduos pela coleta clandestina, além do risco trazido por más condições de veículos, muitas vezes termina com o despejo irregular em vários pontos da cidade, que se transformam em focos de lixo. Estima-se que cada um desses focos traga um custo mensal de mais de R$ 4 mil para a prefeitura.

Participaram da reunião o secretário municipal de Serviços Urbanos, Marcos Felipi; o secretário-adjunto, Vitorino Baseggio; o diretor-geral do DMLU, Paulo Marques; o diretor da SMSUrb Renato Jaguarão; e técnicos da prefeitura.

  

 

Dayanne Rodrigues

Rui Felten