Serviço de limpeza urbana é ampliado e traz novidades
O serviço de limpeza urbana de Porto Alegre passa por uma transformação importante para a cidade. O contrato foi ampliado e agora agrega novas tecnologias, controle e fiscalização mais eficientes. As novidades foram apresentadas nesta quarta-feira, 11, na Praça da Alfândega. O novo contrato tem diferenciais como aumento dos quantitativos de varrição, com mais 20 mil quilômetros por mês, pagamento por produtividade, implementação da varrição mecanizada, lavagem de logradouros e monumentos, pintura de meio fio, uso de GPS nos veículos e programação de serviços via smartphones.
A empresa vencedora da licitação para operar o serviço é a Cootravipa. O prefeito Nelson Marchezan Júnior lembrou que, quando assumiu a prefeitura, havia uma dívida com esta empresa, e agora, além de pagar em dia, a prefeitura está conseguindo ampliar o contrato. “Graças às reformas realizadas, podemos pensar melhor na cidade e expandir os serviços. E não apenas para uma parte da população, mas para 1,5 milhão de pessoas que vivem aqui. Este serviço será levado para toda a cidade, assim como a nova iluminação e todas as melhorias previstas para o município”, diz.
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) operava com três contratos para os serviços, que agora estão unificados. O valor é de R$ 46,6 milhões por ano, com validade de 12 meses, renováveis por mais 60. A presidente da empresa, Imanjara de Paula, afirma que a garantia de tempo de contrato deixa os trabalhadores mais tranquilos. “Antes, tínhamos contratos emergenciais por seis meses e não sabíamos como seria o futuro. Agora, podemos fazer planos e investimentos”, diz ela.
A previsão é que a Cootravipa destaque cerca de 1.100 profissionais, sendo mais de 600 garis escalados para a varrição, 128 operários para serviços diversos e 112 auxiliares para cuidar dos sanitários públicos.
Inovação - A tecnologia é um dos grandes diferenciais deste contrato. Serão utilizados aparelhos de GPS nos veículos e a programação dos serviços será feita por smartphone. Os líderes de equipe usarão bicicletas e celulares para monitorar os garis e percorrer a quilometragem exigida. Os dados serão repassados ao (DMLU pelo aplicativo Telegram, e um sistema de gestão dos serviços, criado especialmente, fará o controle em tempo real.
O secretário municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, destaca a importância das novidades tecnológicas. “A tecnologia é aliada da gestão pública. Teremos controle dos trabalhos executados e os fiscais informarão sobre problemas que outros setores precisarem resolver, como árvores caídas e buracos, por exemplo”, explica. O pagamento da empresa passará a ser feito por produtividade, e não mais por homem/hora, como antes.
Os serviços começaram no dia 4 de novembro na região central. De forma escalonada, as equipes passaram a atender outras regiões da cidade, divididas pelo DMLU em Norte, Leste, Sul e Extremo-Sul. As ações incluem limpeza de vias públicas, estações e terminais do sistema de transporte público, equipe de praias, arroios, áreas verdes, praças, campos de futebol de várzea, parques, terrenos baldios, lavagem de logradouros e bens públicos e equipe de serviços diversos, que compreendem uma ampla lista de atividades, como carregamento e descarregamento manual de caminhões e jardinagem em áreas com focos de lixo e lavagem e limpeza de sanitários, entre outras.
Varrição e pintura - A varrição mecanizada será feita por duas máquinas, capazes de limpar mil quilômetros por mês de grandes avenidas. A varrição manual, que será realizada em toda a cidade, compreende 480 mil quilômetros por ano. Também será retomado o trabalho de pintura de meio-fio, que não era feito desde 2012. A estimativa é pintar 120 km/mês. Também será feita a limpeza de toda a margem das praias da cidade, num total de 170 quilômetros por mês.
Rui Felten