Mulheres ocupam maioria dos cargos de chefia na Controladoria-Geral do Município
Na contramão das estatísticas nacionais, a Controladoria-Geral do Município (CGM), vinculada à Secretaria Municipal de Transparência e Controladoria (SMTC), pode celebrar o Dia Internacional da Mulher dando exemplo de inclusão. O órgão possui mais de 53,9% dos cargos ocupados por mulheres. Dos 63 servidores da CGM, 34 são do sexo feminino. Das vagas de chefia da CGM, 69% são ocupadas por mulheres.
De acordo com o controlador-geral, Sílvio Zago, a valorização da mulher na CGM de Porto Alegre está em perfeita consonância com as metas da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, mais especificamente com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 5, que visa fomentar a participação ativa de mulheres em posição de tomada de decisão. “Buscamos, cada vez mais, dar oportunidade aos profissionais que agregam valor à instituição, independente de gênero”, destaca Zago
Os números são expressivos em comparação aos dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) que indica apenas 37,4% dos cargos gerenciais ocupados por mulheres no Brasil. O que denota, ainda, uma baixa presença feminina nos cargos de liderança.
E se a maioria dos cargos de liderança são ocupados por homens, como assegurou a pesquisa do IBGE, a controladora-geral adjunta do município, Cleide Lammel Lucas, de 49 anos, garantiu seu espaço. Formada em Ciências Contábeis, ingressou no Município há 22 anos. Hoje ela é o segundo nome da CGM de Porto Alegre. “Tenho dois filhos e sei que não é fácil conciliar a vida profissional com a maternidade. Mas é possível encarar essa dupla jornada e desempenhar com êxito ambas funções. Nós mulheres somos muito criativas e temos facilidade nos relacionamentos interpessoais”, acrescenta.
Outros dois exemplos de liderança feminina, dentro da CGM, são as diretoras de divisão de despesa pública e de auditoria-geral, Sandra Battistella e Barbara Baum Vivian. Sandra Battistella, de 38 anos, acredita que é preciso que haja cada vez mais representatividade entre as mulheres. “Precisamos de espaço para demonstrar nossa capacidade intelectual e conquistar altos cargos. Por isso é importante termos mulheres ocupando funções de chefia”, ressalta. Já Bárbara Baum Vivian, de 41 anos, acredita que as empresas, tanto de caráter público quanto privado, devem dar voz e representatividade para todas as pessoas independentemente de gênero, idade, cor ou condição social. “Aqui na CGM somos valorizadas. Isso é representatividade, igualdade e respeito pelas histórias e competências de cada indivíduo”, conclui
Gilmar Martins