Alex Rocha/PMPA

A prefeitura realizou na manhã desta quinta-feira, 12, uma reunião de trabalho para reingresso da capital gaúcha na Rede Internacional das Cidades Educadoras, conjunto de municípios de diversos países que compartilham princípios básicos de educação, partindo da convicção de que o desenvolvimento dos seus habitantes não pode ser deixado ao acaso. A iniciativa foi da Secretaria Municipal de Transparência e Controladoria (SMTC), em conjunto com diversas outras pastas.

Na abertura do encontro, o prefeito Sebastião Melo considerou o que seria uma cidade educadora:

“Um local que joga toneladas de lixo em um fim de semana na orla não é uma cidade educadora. Uma cidade em que um pedestre atravessa fora da faixa, mesmo estando a poucos metros de distância, ou que um filho desrespeita um pai, também não é educadora. Essa é uma triste realidade no Brasil” - prefeito Sebastião Melo. 

Alex Rocha/PMPA

De acordo com Melo, um dos maiores desafios hoje na educação, por exemplo, é fazer o aluno retornar às aulas. “Tem professor que grava vídeo e divulga entre a comunidade escolar para que os estudantes não regressem às aulas. E não basta ter uma escola integral, se o aluno não está aprendendo”, finalizou. 

Conforme o titular da SMTC, Gustavo Ferenci, Porto Alegre se desconectou das cidades educadoras nos últimos anos e esse é um movimento de retorno. “Estávamos sendo desfiliados, nosso vínculo ainda era mantido apenas por algumas iniciativas da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Hoje, nesta retomada, lançamos a ideia que, em 2022, Porto Alegre seja a sede do Congresso Internacional de Cidades Educadoras, momento em que a Capital completa 250 anos”, salientou. 

Destacando que todo o prefeito é um grande professor, que une, entende os tempos de educar dos seus munícipes e integra, a secretária de Educação de Curitiba, Maria Silva Bacila, acompanhou a reunião presencialmente no Paço Municipal, ao lado do prefeito Sebastião Melo. “Ficamos muito sensíveis a esse retorno, pois Porto Alegre tem muito potencial identitário para trabalhar pela educação de maneira integral, compreendida como um processo ao longo da vida. A escola não educa sozinha, essa é uma função que engloba toda a sociedade”, disse. 

Falando da cidade de Rosário, na Argentina, a diretora da delegação para a América Latina Cidades Educadoras, Laura Alfonso, lembrou que Porto Alegre foi uma das primeiras cidades do Brasil a aderir ao programa e sempre teve protagonismo, sendo também um farol de muitas políticas. “Nos últimos anos, a cidade perdeu seu vínculo, por isso hoje estamos muito felizes com seu retorno a uma rede de governos locais, que se compromete com o princípio de fortalecer a educação em todas as suas esferas e faixas." 

Também acompanharam a reunião de maneira presencial, a adjunta da SMTC, Luciane Rache, e o técnico da pasta Alexandro Machado, os secretários municipais da Educação, Janaina Audino; Desenvolvimento Social, Léo Voigt; Extraordinário para os 250 anos de Porto Alegre, Rogério Beideck; o chefe de gabinete do prefeito, André Coronel, e o presidente da EPTC, Paulo Roberto Ramires, além do coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto. De forma virtual estiveram o representante das Cidades Educadoras de Vitória (ES), Ramires Brilhante, e o representante da Faculdade de Educação da Ufrgs, Rafael Arenhaldt.