Dmae esclarece sobre potabilidade da água em Porto Alegre

22/04/2019 09:33

Em relação à reportagem publicada pela revista Exame do último dia 17 de abril, afirmando que dados do Ministério da Saúde indicam que uma em cada quatro cidades do Brasil está com água contaminada por “coquetel” de agrotóxicos (incluindo a capital gaúcha), o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) esclarece:

 

- Em Porto Alegre, a água tratada é segura para consumo humano. Atende ao padrão brasileiro de controle de qualidade, de acordo com os critérios de potabilidade definidos no Anexo 20 da Portaria de Consolidação Nº 5, de 28 de setembro de 2017, do Ministério da Saúde. São atendidas também as normas estabelecidas pela Portaria RS/SES Nº 320, de 24 de abril de 2014, da Secretaria Estadual da Saúde.

 

- A própria reportagem ressalva que, segundo os dados que embasaram a divulgação, a água de Porto Alegre é segura para consumo humano, porque não foi detectada a presença de nenhum agrotóxico em níveis acima dos limites brasileiros ou europeus.

 

- Para entender os resultados dos dados analíticos apresentados, é necessário observar dois conceitos: Limite de Detecção (LD) e Limite de Quantificação (LQ).

 

- Limite de Detecção é a menor quantidade de analito na amostra, que pode ser detectada, mas não necessariamente quantificada.

 

- Limite de Quantificação (LQ) é a menor quantidade do analito na amostra, que pode ser quantitativamente determinada com precisão e exatidão.

 

- Na divulgação dos dados levantados junto ao Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) e apresentados na reportagem, foi considerado apenas o Limite de Detecção, que geralmente está abaixo da curva do método. Portanto, para analisar os respectivos agrotóxicos, é necessário analisar os dois conceitos - incluindo também o Limite de Quantificação.

 

- No caso de Porto Alegre, todos os limites de quantificação são mais baixos do que os valores máximos permitidos. Ou seja, mesmo na hipótese de resultados quantificáveis a partir das metodologias disponíveis atualmente, as amostras da capital gaúcha atenderiam ao padrão de potabilidade definido pelo Ministério da Saúde.

 

Aline Antunes Coelho

Matheus Beust