Nível do Guaíba pode causar desabastecimento de água no Extremo-Sul e Leste
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) segue monitorando o nível do Lago Guaíba. Na manhã desta quarta-feira, 11, às 8h, a régua situada no Cais Mauá, medida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), estava em 25 centímetros. O normal para manter o abastecimento a pleno é acima de 80 centímetros.
O departamento informa que se a condição não for favorável e o nível permanecer baixando terá problemas na captação da água bruta e tratamento devido à turbidez elevada da água. Poderão ser afetados o abastecimento dos bairros Aberta dos Morros, Belém Novo, Boa Vista do Sul, Campo Novo, Chapéu do Sol, Extrema, Hípica, Ipanema (parte), Lageado, Lami, Lomba do Pinheiro, Pitinga, Ponta Grossa, Restinga e São Caetano.
A hidrodinâmica do lago está no sentido de redução de nível. Um dos fatores que contribui diretamente é a direção dos ventos, que nesta quarta-feira está no sentido sul. “O período de seca em que todo o Estado está enfrentando é alarmante. Porém, não há indícios de que a água bruta vá findar, mas sim que o processo de tratamento deva ser ajustado para garantia da qualidade da água distribuída”, explica o diretor-geral do Dmae, Alexandre Garcia.
O departamento solicita que caso haja desabastecimento em outros pontos da cidade, seja informado através do 156 opção 2.
Belém Novo - Quando o Sistema Belém Novo foi construído, na década 1980, a produção de água bruta da ETA Belém Novo era de 300 litros de água por segundo. Com o aumento populacional da região, foi necessário aumentar a vazão para 1.200 litros por segundo. Como os pontos de captação estão localizados em uma região de enseada, a região do Extremo-Sul sofre com as intempéries e acaba captando muito lodo, o que ocasiona problemas no tratamento e o desabastecimento da região. As demais estações de tratamento de água estão localizadas em pontos estratégicos, por isso não são afetadas pelo problema de turbidez.
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Lissandra Mendonça