EPTC/DIVULGAÇÃO PMPA

Um ciclo de palestras com foco na necessidade de um trânsito mais seguro para todos, com menos riscos de acidentes, nas ruas e estradas, foi realizado no Salão de Atos da UFRGS, na manhã desta sexta-feira, 3. O evento antecede a abertura oficial do Movimento Maio Amarelo, na próxima terça-feira, 7, às 11h30, no Paço Municipal. 

Além do secretário municipal extraordinário da Mobilidade da Capital, Rodrigo Tortoriello, e do diretor-presidente interino da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Fabio Berwanger Juliano, estiveram presentes no encontro o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Luís Carlos Reischak Jr.; Carla Badaraco Guglielmi, da Divisão de Educação do Detran/RS; e Christine Nodari, representante do Núcleo Universitário Interdisciplinar de Trânsito (Nuitran) da UFRGS, entre outras autoridades municipais e do Estado.

Tortoriello lembrou que aproximadamente 90% dos acidentes de trânsito acontecem em razão de falhas humanas: "Cerca de 40 mil pessoas morrem anualmente no trânsito em nosso país, a grande maioria em razão de falhas humanas. São muitas vidas destruídas, sendo que esta triste realidade não pode ser encarada como algo comum. Pelo contrário, ela tem que nos incomodar bastante", afirma ele. 

"Temos que aproveitar bem o Movimento Maio Amarelo, com toda esta exposição do trânsito na mídia; reforçar a integração entre órgãos públicos e com as demais instituições, além do envolvimento dos mais diversos segmentos da sociedade, para debater as questões da mobilidade e focar em ações concretas por uma mudança de comportamento para uma circulação mais segura para todos", completa.

Fábio Berwanger Juliano, da EPTC, falou da importância do Maio Amarelo para a redução da acidentalidade. “A causa do trânsito seguro é de todos nós, no dia a dia. O Maio Amarelo é muito importante para ressaltar ainda mais a necessidade do envolvimento de todos nesta mudança de comportamento, de um maior comprometimento por uma circulação de mais qualidade nas relações entre as pessoas. A imprensa também é fundamental nesta missão de conscientização pelo trânsito seguro”, diz.

A professora Christine Nodari, do Nuitran, destacou a importância do envolvimento da universidade na missão pela segurança no trânsito: "Certamente a acidentalidade do trânsito é uma questão de saúde pública. Em razão disto, a UFRGS está cada vez mais envolvida nesta missão, com a participação de representantes das faculdades de Engenharia, Educação e Medicina. Nosso trabalho será cada vez mais abrangente dentro da universidade, pois todos fazemos parte do trânsito".

Carla Badaracco, do Detran, lembrou que a mudança de comportamento pelo trânsito seguro passa, antes de tudo, pela educação: "A preocupação em investir em educação está inserida no Artigo 6º do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). É a base de tudo, antes da própria fiscalização. Devemos tocar no coração das pessoas para mudarmos o comportamento de motoristas e pedestres na circulação, com menos riscos de acidentes".

O superintendente da PRF, Luís Carlos Reischak Jr., disse que, mesmo com a redução gradual das mortes nas estradas federais no Rio Grande do Sul, o trabalho pelo trânsito seguro deve ser permanente. "É importante destacar a parceria permanente da PRF com os demais órgãos públicos por um trânsito mais seguro, um trabalho muito positivo. Constatamos a sinalização de uma redução na violência, devido às ações de fiscalização permanente, pelas palestras e demais ações educativas nas estradas", explica.

Em sua palestra, o engenheiro Carlos Félix, da UFSM, representante do Movimento Maio Amarelo no RS, afirmou que este mês representa uma grande oportunidade de conscientização da sociedade: “As pessoas estão cada vez em processo de deslocamento pelas ruas e estradas, vivendo sempre com pressa. E muitos deixam de lado a questão da segurança. Neste processo, os mais frágeis são as crianças, os pedestres, principalmente as pessoas idosas, além dos motociclistas. Vamos todos investir em ações para uma circulação de mais qualidade, para prevenir a acidentalidade”.

"A PRF tem se empenhado em ações de fiscalização e em atividades educativas, sempre a partir de dados estatísticos, de identificação dos trechos de maiores riscos de acidentes. É um trabalho permanente, que tem refletido na redução de mortes", aponta Rafael Pereira, da PRF.

Representante do Programa Vida no Trânsito, Karla Livi, da SMS, lembrou o trabalho já iniciado há cerca de três anos na Capital: "É um programa transversal, muito importante de identificação das principais causas da acidentalidade. A partir dos nossos levantamentos, destacamos a questão dos pedestres idosos, como um segmento bastante exposto aos atropelamentos, além da preocupação com uma maior proteção com os motociclistas. Neste caso, vamos envolver as revendas de motos nesta missão, a partir de um evento já marcado para o dia 28 de maio".

O ciclo de palestras é uma iniciativa da prefeitura, por intermédio da EPTC, por sua Coordenação de Educação para a Mobilidade (CEM), e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em parceria com o Detran/RS; PRF e UFRGS, por seu Nuitran.