Lombadas eletrônicas serão substituídas por novos equipamentos para garantir a segurança viária
Vinte e nove controladores eletrônicos de velocidade do tipo fixo redutor (lombada eletrônica) serão substituídos por novos e mais modernos equipamentos. De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Smmu), os novos medidores, com prazo de instalação até o final de maio, passam a atuar como câmeras de videomonitoramento. Com capacidade de leitura de placas através do sistema OCR (Optical Character Recognition), que identifica veículos em situação de furto ou roubo, o equipamento possibilita a integração com o sistema de cercamento eletrônico da cidade.
“Os sinistros de trânsito ainda são a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos, e o desrespeito aos limites de velocidade estabelecidos têm relevância nestes dados tão preocupantes. A conscientização dos condutores sobre perigos do excesso de velocidade é fundamental para a redução deste número de vítimas”, destaca o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Paulo Ramires.
Em 93% das faixas de tráfego monitoradas por medidores eletrônicos houve redução da acidentalidade e da velocidade média na região. Em 2021, os registros mostram que 0,03% do fluxo total de veículos que passaram pelos controladores foi autuado por estar acima da velocidade permitida, ou seja, a maioria dos motoristas respeita a sinalização.
Informações sobre os registros dos controladores eletrônicos estão disponíveis no portal EPTCTransparente.
Os pontos de instalação dos equipamentos são definidos conforme estudos técnicos, em locais onde haja vulnerabilidade dos usuários da via, de modo a se comprovar a necessidade de redução pontual da velocidade. Esse e outros requisitos encontram-se listados na resolução nº 798/2020 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Os estudos são publicados no site da EPTC.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o excesso de velocidade contribui para um em cada três acidentes de trânsito pelo mundo. Em Porto Alegre, a situação não é diferente, conforme dados da Comissão de Análise dos Acidentes com Vítimas Fatais do Programa Vida no Trânsito (PVT). De 2012 a 2021, a comissão analisou 911 acidentes que resultaram em 941 mortes. O principal fator risco identificado pela metodologia do PVT foi a velocidade excessiva ou inadequada, aparecendo em 33% dos casos.
A utilização de controladores eletrônicos de velocidade em locais com riscos e registros de acidentes, junto com a educação e a engenharia de tráfego, é uma das ferramentas utilizadas para coibir excessos e reduzir o número de vítimas no trânsito da Capital.
Andrea Brasil