Evento na Ilha da Pintada alerta para violência e feminicídio
A Ilha da Pintada teve, nesta terça-feira, 10, um evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher (celebrado no domingo, 8), com o objetivo de alertar as mulheres contra a violência doméstica e o feminicídio. As atividades reuniram lideranças locais, educadores e comunidade na sede da Colônia de Pescadores Z5, na avenida Nossa Senhora da Boa Viagem, desde as 9h30.
"Desde dezembro de 2019, equipes do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Ilhas trabalham para enfrentar esse tipo de violência, que cresce absurdamente em todo o país", diz a assistente social e coordenadora do CRAS Ilhas, Elisangela Borba Bueno. A recepção a quem compareceu ao encontro foi com a Bateria nota 10, da Escola do Centro Social Marista Nossa Senhora das Águas, da Ilha Grande dos Marinheiros – entidade parceira da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc).
A peça teatral contando a vida de Maria da Penha em atos foi um sucesso. O namoro, o casamento, a vida conjugal e a violência, até chegar ao tiro que a condenou à cadeira de rodas. Produzido pelo CRAS Ilhas, o espetáculo teve na sequência o debate do tema A Violência contra a mulher, com diferentes relatos de casos de depressão e sofrimentos. Segundo Neiva Chaves, articuladora da Fasc para a região, "o evento foi um alerta não apenas para celebrar a mulher, mas também para incentivar a todas a lutar, cada vez mais, e nunca desistir".
Teve também apresentação de dança e do grupo de percussão feminino do CRAS, mostrando o Jongo, coreografia brasileira de origem africana ao som de tambores. Uma mesa com doces, salgados e sucos foi servida aos presentes. Do lado externo da Colônia Z5, um cabide solidário oferecia brindes, roupas, bijuterias, chapéus femininos e bolsas, além de panos de prato e meias soquetes - tudo doação do comércio local. Todos os participantes apontaram a iniciativa como positiva para valorização da região das Ilhas. “Muita gente pensa que somos outra cidade, mas somos Porto Alegre", reforça a líder comunitária Liane Antônia Farias.
Rui Felten