Vini Vanoni/SMELJ PMPA

Na tarde desta quinta-feira, 10, cerca de 20 cadernos ilustrados com imagens das obras de arte expostas na Mostra “Artinclusão no AR7!” foram entregues a autoridades e representantes de organizações sociais em ato especial na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). A exposição, que acontece até 1º de abril na CCMQ, nasceu da performance "Cor, Gesto, Emoção" do artista visual Aloizio Pedersen e reúne trabalhos de crianças e adolescentes entre três e 17 anos. Eles participaram de oficinas de pintura no Abrigo Residencial AR7 - emergencial, que é local de passagem e acolhimento temporário de crianças e adolescentes em medidas de proteção social.

A presidente da Fundaçãode Assistência Social e Cidadania (Fasc), Cátia Lara Martins, falou da importância das obras na vida das crianças e adolescentes, de como a arte movimenta as emoções. “Estes jovens são grandes vencedores. Com certeza a arte faz construir e se fortalecer para chegarem até aqui”.

A exposição “Artinclusão no AR7" integra a programação dos 250 anos de Porto Alegre. Idealizada pela Fasc, tem parceria com a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), e apoio do Centro de Desenvolvimento da Expressão (CDE) e do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (Macrs), instituições da Sedac.

Para o secretário municipal dos 250 anos de Porto Alegre, Rogério Beidacki, as comemorações alusivas ao aniversario da cidade estão oportunizando momentos especiais. “Os artistas puderam nos dar uma pouco da história de cada um. De alegrias e sofrimento, mas o mais importante de tudo é que esse projeto tenha continuidade. Buscar alternativas é fundamental para que encontrem na arte um caminho de superação”.

O projeto desenvolvido por Aloizio Pedersen se propõe a investigar de que forma a qualidade de vida de crianças e adolescentes é influenciada positivamente por meio da arte. Diante do cotidiano complexo dos jovens afastados das famílias, a criação artística atua como um modo de lidar com a enorme carga emocional a que são submetidos e como ruptura com o cotidiano de sentimentos negativos.

Artista - Aloizio Pedersen recebeu diversos prêmios na Área dos Direitos Humanos com projetos semelhantes. Dentre eles, distinções conferidas pela Secretaria de Estado da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH), em 2013, o Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural (Fumproarte), em 2016, e a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), em 2017. O artista visual já expôs trabalhos e pintou ao vivo na Pont des Arts, em Paris.