Giulian Serafim / PMPA

Dos seis adolescentes entre 14 e 18 anos que concluíram na noite de quarta-feira, 10, o Curso de Introdução à Fotografia promovido no Abrigo Residencial AR 11, um deles já ingressou no mercado de trabalho. Erik Lopes da Silva ganhou autonomia ao passar a residir em uma república quando completou 18 anos, em setembro deste ano.

A capacitação para iniciantes buscou ensinar as técnicas da fotografia, despertar o olhar crítico e promover a cidadania e geração de renda. Foram sete aulas realizadas de setembro a novembro. O curso é resultado do Projeto Plantando Visões, coordenado pelo fotógrafo Gabriel Poncio. O AR 11 integra a Rede Parceira da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), através da Associação Comunitária Osicom.

Durante a formatura, a presidente da Fasc, Cátia Lara Martins, falou da importância da

Giulian Serafim / PMPA

parceria em um espaço de acolhimento institucional e chamou a atenção às oportunidades que a educação possibilita, como o aprendizado no curso e o significado das imagens ilustradas em cada trabalho. “Que seja o momento de vivenciar a libertação que o conhecimento nos proporciona. O mais importante é saber que a educação é acessível a todos. É um direito de todos”, ressaltou.

O fotógrafo Gabriel Poncio destacou o conteúdo da capacitação, que foca em registro de eventos culturais, na fotografia de produtos e dicas para renda no marketing digital. “A nossa proposta é a liberdade poética, desenvolvimento de um olhar crítico, proporcionando a reflexão sobre o seu cotidiano, os fatos sociais e a cidadania”, disse.

Para a coordenadora da instituição, Lisiane Neves, a conclusão do Projeto Plantando Visões dentro de um abrigo residencial com as peculiaridades do AR 11 tem vários significados. “Possibilita que eles se olhem com dignidade, pertencimento, beleza, talento e muita sensibilidade.”

Para os educadores sociais do abrigo, o desempenho do jovem Erik foi exemplar. Ele

chegou no AR 11 em novembro de 2020 e foi desligado em setembro desse ano. Em menos de um ano, o jovem organizou a sua vida. Para Erik, o acolhimento foi fundamental para superar as adversidades. “Eu agradeço muito a ajuda da equipe do abrigo. Eu me envolvi com tudo que era errado. Aqui consegui abrir a mente, me ajudou muito. A equipe foi ótima”, afirmou.