Cada momento nas nossas vidas tem um marco. E assim é na existência desta cidade que há 250 anos começou a sua história como Porto dos Casais. Na minha leitura como gestor que tem a honra de ter sido escolhido como prefeito para este período ímpar, o maior símbolo da transformação que estamos vivendo é o valor do pertencimento.

Somos, como em nível mundial, uma sociedade machucada pelas dores da pandemia, que, aliás, agravou e expôs chagas sociais que há muito tempo já penalizavam a população. E somos, também, uma sociedade ávida por cura. Uma cura de valores, de alma e de qualidade de vida. Assim, a celebração dos 250 anos chega como uma faísca em uma mudança de hábitos e de ações que já começam a ser sentidos na capital de todos os gaúchos.

Eu ando muito por todos os cantos, e seja pessoalmente ou na interação pelas redes sociais, tenho ouvido que Porto Alegre está diferente para melhor, com mais vida, mais empolgação, mais mudanças acontecendo, mais serviços sendo prestados. Com muitos desafios, sim. Porque, acima de tudo, encaramos com lucidez os problemas.

E neste aspecto, tenho orgulho de dizer que somos uma gestão que está ao lado das pessoas, das suas reclamações, das suas fragilidades, e que trabalha com os instrumentos possíveis para vencer obstáculos e ajudar a entregar uma vida melhor. Porque, para mim, um dos grandes desafios dos gestores é tomar decisões efetivas tendo como foco a ótica do cidadão. Isso vai desde o socorro emergencial a famílias que perderam suas casas em temporal por morar em área de risco, até a levar para mobilização nacional a busca de solução efetiva ao problema histórico do transporte coletivo e também a reduzir impostos para estimular o desenvolvimento e manter ou ampliar a geração de empregos.

Porto Alegre é de todos. E nós olhamos e trabalhamos para todos. Como gestão pública, vamos errar. Mas não vamos passar um dia sequer sem encarar as fragilidades e perseguir à exaustão uma solução. Ninguém muda uma realidade sozinho, seja o poder público, seja o movimento privado ou o cidadão. Por isso, o pertencimento é a palavra-chave. Para cuidar, para somar, para unir esforços e transformar, um pouco a cada dia, para melhor a cidade da nossa vida.

Sebastião Melo
Prefeito de Porto Alegre

*Artigo originalmente publicado no jornal Zero Hora de 26 de março de 2022.