Gripe: Capital vacina cerca de 300 mil e atinge 48% da meta
A campanha nacional de vacinação contra influenza (gripe) se encerra em 31 de maio e, de acordo com registros do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), até sexta-feira, 10, foram imunizadas 299.837 pessoas em Porto Alegre. O valor corresponde a 48,75% da meta dos grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Doses aplicadas por grupos: idosos - 132.518; crianças - 43.378; trabalhadores da Saúde - 37.123; gestantes - 5.869; mulheres pós-parto - 1.622; indígenas – 726; apenados - 523; funcionários do sistema prisional - 801; professores - 8.205; militares e afins - 1.765. Total dos grupos - 232.530. Pessoas com doenças crônicas e outros - 67.307. Total de doses aplicadas - 299.837 (48,75% da meta).
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde no mais recente Boletim Epidemiológico (com dados até final da Semana Epidemiológica 17, ou seja, dados cumulativos até 27 de abril), o Brasil confirmou 535 casos de infecção pelo vírus influenza, com registro de 99 óbitos nesse grupo. Das 99 pessoas que perderam a vida, 88 estavam no grupo prioritário ou tinham doenças crônicas (principalmente idosos (25), crianças com menos de 5 anos (19), pessoas com cardiopatias (22) ou com diabetes (21), entre outros fatores.
Dos 535 casos, 408 foram divididos entre A-H1N1 (254), A-H3N2 (54), B (62) e A não subtipado (38 casos). A enfermeira chefe do Núcleo de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Renata Capponi, alerta que a maioria dos óbitos por influenza tiveram como causa infecções causadas por vírus das cepas que estão presentes na vacina oferecida pelo SUS (trivalente, H1N1, H3N2, B).
“A vacina é segura, protege contra complicações que levam a hospitalizações e até à morte”, diz. Renata destaca que a vacina está disponível nas unidades de saúde da SMS de segunda a sexta-feira, com atendimento inclusive à noite (US Tristeza, CS Modelo, US São Carlos, US Ramos até as 22h e Clínica da Família, da Restinga, até 20h) para todos os grupos prioritários durante a campanha de vacinação. “Após o final da campanha, somente gestantes e crianças que têm prescrição para a segunda dose terão o imunobiológico à disposição no calendário vacinal de rotina”, explica.
Além da imunização outras medidas são importantes para prevenir a transmissão do vírus influenza, como a etiqueta respiratória (leia no quadro) e o hábito da lavagem de mãos.
Influenza - é uma infecção do sistema respiratório. Doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa contrair a influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também frequentemente confundida com outras viroses respiratórias. A principal complicação são as pneumonias, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no país.
É transmitida diretamente pelas secreções das vias aéreas de pessoas contaminadas ao espirrar, tossir ou falar, ou, indiretamente, pelas mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem levar o vírus para a boca, o nariz e os olhos (portas de entrada para o organismo).
Os sintomas são febre alta, dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. “Percebendo sintomas, busque atendimento médico, a influenza tem tratamento e quanto mais rápido for o início, mais rapidamente o paciente vai se recuperar”, enfatiza a chefe do Núcleo de Imunizações da SMS.
Como prevenir:
- Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.
Elisandra Borba