Anselmo Cunha / PMPA

O prefeito Nelson Marchezan Júnior defendeu nesta quinta-feira, 9, que o maior desafio da administração pública municipal no momento é ter competência para reunir recursos e evitar a fome entre as milhares de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social em Porto Alegre. Em videoconferência com o Grupo de Líderes Empresariais (Lide), Marchezan reforçou que nenhum gestor na história enfrentou um declínio de renda tão repentino como o de agora durante a pandemia da Covid-19 (novo coronavírus). “Se a máquina pública e o setor privado não se articularem, as pessoas mais pobres não terão o que comer até o fim do ano”, alerta. Atualmente, cerca de 300 mil pessoas utilizam algum tipo de serviço de assistência social da prefeitura.

O prefeito foi o primeiro convidado da série de debates on-line da entidade para falar das medidas de contenção à propagação da doença. Aos executivos dos mais variados setores de atuação, foram exibidos números de ocorrências relacionadas ao vírus na Capital, ações de prestação de serviço à população e atenção com a capacidade de atendimento do sistema de saúde do município.

Na avaliação do prefeito, é difícil ter uma previsão absoluta de flexibilização das restrições que afetam o comércio e os serviços. Segundo ele, as referências técnicas e científicas demonstram a eficiência do distanciamento social.

"Temos clareza de que todas as medidas de isolamento adotadas são efetivas contra o descontrole de contaminados. Com elas, conseguimos reduzir a inclinação da curva de infectados” - Prefeito Nelson Marchezan Júnior

União - O chefe do Executivo disse ainda que o momento é de união contra o vírus e que, se pudesse, tomaria decisões que não prejudicassem diretamente a sociedade e o comércio. “Sabemos que qualquer decisão equivocada pode quebrar setores, deixar famílias com fome ou causar óbitos. Porém, somente com o apoio da sociedade civil podemos enfrentar o verdadeiro inimigo e garantir a saúde dos porto-alegrenses”, finaliza.

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